
Uma noite de quinta-feira que começou tranquila terminou em pesadelo na BR-267, próximo ao município de Rio Brilhante. Dois homens, cujas identidades ainda não foram divulgadas, trafegavam pela rodovia quando o inesperado aconteceu - uma anta adulta surgiu na pista, dando-lhes praticamente zero chance de reação.
O impacto foi violento, daqueles que deixam marcas profundas tanto no veículo quanto na vida das pessoas. A batida contra um animal de porte considerável - e as antas brasileiras podem chegar a incríveis 300 quilos - transformou o carro numa verdadeira lata amassada.
Corrida contra o tempo para salvar vidas
O resgate, quando se trata de situações assim, é sempre uma questão de minutos que valem ouro. As equipes de socorro chegaram rápido, mas o que encontraram não era nada animador: dois homens gravemente feridos, presos nas ferragens, conscientes mas em estado absolutamente crítico.
Parece que o destino às vezes prega peças terríveis - justo numa região onde a fauna é tão abundante e, vamos combinar, a gente até espera encontrar animais cruzando as estradas. Mas ninguém merece uma surpresa dessas.
O longo caminho até o hospital
O Samu fez o que pôde no local, estabilizando as vítimas o máximo possível antes daquela viagem tensa até o Hospital Regional de Campo Grande. Você já parou pra pensar no que se passa na cabeça de um socorrista durante um transporte desses? Cada buraco na estrada, cada curva, deve ser um suplício.
As condições das vítimas, segundo os bombeiros que estiveram no local, eram realmente preocupantes. Fraturas múltiplas, traumatismo craniano, hemorragias internas - o tipo de lesão que muda uma vida para sempre, se é que a pessoa sobrevive.
E a anta?
O animal, infelizmente, não resistiu ao impacto. E cá entre nós, essa parte da história sempre me deixa com um nó na garganta. As antas são animais magníficos, importantíssimos para o ecossistema, e ver uma vida dessas se apagar num acidente de trânsito... é de cortar o coração.
O caso já está nas mãos da Polícia Militar Ambiental, que vai investigar as circunstâncias do acidente. Resta saber se havia sinalização adequada na região alertando para a possível presença de animais silvestres - algo que, convenhamos, em Mato Grosso do Sul deveria ser mais comum do que é.
Enquanto isso, duas famílias aguardam notícias em algum hospital, vivendo aquele suspense angustiante que só quem já passou por situação similar consegue entender de verdade. E a gente fica aqui pensando: será que não está na hora de repensarmos nossa convivência com a fauna que, no fundo, estava aqui muito antes das nossas estradas?