Era pra ser mais um dia comum nas estradas poeirentas do Sul do Piauí, mas o destino — esse artista cruel — tinha outros planos. Por volta das 14h desta quarta (14), um estrondo ensurdecedor ecoou pela BR-230, cortando o silêncio como uma faca. Um carro, que até então seguia seu curso pacífico, transformou-se num emaranhado de ferro retorcido num piscar de olhos.
O motorista, um homem cuja identidade ainda não foi divulgada (a polícia trabalha para localizar os familiares), não resistiu ao impacto brutal. A vida escapou dele ali mesmo, no asfalto quente, enquanto testemunhas corriam em desespero — algumas rezando, outras apenas gritando sem palavras.
O milagre do assento traseiro
Mas eis que, no meio daquele inferno de metal amassado, uma cena que deixou até os bombeiros veteranos de queixo caído: no banco de trás, envolto em destroços, um bebê de apenas um mês de vida chorava levemente, quase como se reclamasse do barulho. Nem um arranhão. Nada.
"É daquelas coisas que a gente nunca esquece", confessou um socorrista que pediu para não ser identificado. "O carro parecia ter sido esmagado por um gigante, mas o bebê... o bebê estava ali, perfeito, como se estivesse protegido por uma força maior."
O que se sabe até agora:
- O acidente ocorreu no km 145 da BR-230, trecho conhecido por curvas perigosas
- Testemunhas afirmam que o carro saiu abruptamente da pista — causas ainda indeterminadas
- O bebê foi levado ao Hospital Regional de Bom Jesus e passa bem
- Polícia Rodoviária investiga se fatores como sono ou problemas mecânicos contribuíram para a tragédia
Enquanto isso, nas redes sociais, o caso já ganhou contornos de lenda urbana. "Anjo da guarda em serviço pesado", comentou uma usuária. Outros questionam os mistérios da vida — como algo tão frágil pode sobreviver intacto a uma cena de destruição?
O pequeno sobrevivente, agora sob os cuidados de parentes, talvez nunca saiba o quão perto esteve do abismo. Já o homem que perdeu a vida... bem, esse virou mais um número nas estatísticas sombrias do trânsito brasileiro — que, só este ano, já consumiu milhares de vidas.
