Era por volta das 15h30 quando o caos se instalou na Avenida ACM, uma das mais movimentadas de Salvador. Testemunhas contam que o homem — cuja identidade ainda não foi divulgada — tentou atravessar a via fora da faixa de pedestres, num daqueles momentos de distração que podem custar caro.
"Foi tudo muito rápido", relata uma vendedora ambulante que preferiu não se identificar. "Ouvi um barulho seco, olhei pra rua e vi o homem rolando no asfalto. O motorista parou logo em seguida, branco como papel."
Cena de tensão no local
O Samu chegou em menos de 10 minutos — tempo considerado bom para o trânsito pesado da região. Enquanto os socorristas atendiam a vítima, que apresentava ferimentos nas pernas e braços, um pequeno engarrafamento se formou. Motoristas impacientes buzinavam, outros desciam dos carros para tentar entender o que havia acontecido.
"Já vi coisa pior aqui", comenta um motoboy que passa pelo local diariamente. "Essa avenida é um convite ao acidente — muita gente correndo, sinalização que some em alguns trechos..." Sua voz some num misto de revolta e resignação.
E agora?
Apesar do susto, informações preliminares indicam que o pedestre não corre risco de vida. Foi levado para o Hospital Geral do Estado com fraturas que, embora dolorosas, não seriam graves. Já o condutor — um homem de aproximadamente 40 anos — cooperou com a polícia e, segundo boletim inicial, não apresentava sinais de embriaguez.
O caso serve como mais um alerta sobre os perigos das ruas soteropolitanas, onde pedestres e motoristas parecem estar em guerra permanente. Enquanto isso, a pergunta que não quer calar: quando é que a prefeitura vai tomar providências efetivas para melhorar a segurança viária na cidade?
