Era uma noite como qualquer outra na MS-134, aquela estrada que corta o Mato Grosso do Sul como um fio escuro no meio do cerrado. Mas o que aconteceu na altura de Nova Andradina não foi coisa rotineira, nem um pouco.
Uma ambulância — sim, você leu direito — acabou se envolvendo num daqueles acidentes que ninguém espera. O veículo, que normalmente é sinônimo de socorro, tornou-se vítima de uma colisão inusitada com uma anta adulta que resolveu cruzar a pista no momento errado.
O que exatamente aconteceu na estrada?
Segundo as primeiras informações, o choque foi violento. A anta, um animal de porte considerável — estamos falando de algo em torno de 200 quilos — apareceu do nada na frente da ambulância. O motorista não teve tempo hábil para qualquer reação mais efetiva. A batida foi inevitável.
E aqui vem o detalhe mais preocupante: dentro da ambulância havia uma passageira. Não um paciente deitado na maca, mas alguém sentada no banco dianteiro do passageiro. Ela sofreu ferimentos no braço e no rosto com o impacto. A sorte é que nada mais grave.
E a anta? Sobreviveu?
Infelizmente, o animal não resistiu. Morreu no local. É sempre triste quando essas coisas acontecem — as antas são animais icônicos da nossa fauna, e cada perda dói no coração de quem se importa com a biodiversidade do nosso país.
O Corpo de Bombeiros foi acionado rapidamente. Chegaram lá, prestaram os primeiros socorros à passageira e removeram o animal da pista. A cena deve ter sido caótica: uma ambulância danificada, uma anta morta no asfalto, e aquela sensação de "como foi que isso aconteceu?" no ar.
O que me faz pensar: quantos acidentes assim acontecem por ano nas nossas estradas? As antas, assim como outros animais silvestres, simplesmente não entendem o perigo que os carros representam. Elas seguem seus instintos, seus caminhos tradicionais — que agora são cortados por rodovias.
A passageira foi levada para o Hospital Municipal de Nova Andradina. Felizmente, seus ferimentos não eram graves. Mas poderia ter sido diferente. Muito diferente.
Um alerta para todos os motoristas
Esse caso serve como um daqueles lemretes importantes: nas estradas do interior, especialmente à noite, a atenção precisa ser redobrada. Animais silvestres podem aparecer a qualquer momento, sem aviso prévio. E quando falamos de animais do porte de uma anta, as consequências podem ser sérias.
É curioso — e um tanto irônico — pensar que foi uma ambulância, símbolo de salvar vidas, que se envolveu num acidente que tirou a vida de um animal. A vida prega dessas peças às vezes.
O ocorrido já está sendo investigado pelas autoridades competentes. Enquanto isso, a passageira se recupera, a ambulância aguarda reparos, e a anta... bem, a anta virou mais uma estatística triste da convivência — nem sempre pacífica — entre humanos e fauna silvestre nas estradas brasileiras.
