
Era pra ser mais uma noite comum em Boa Vista, mas o destino pregou uma peça cruel. Por volta das 21h desta segunda (18), um estrondo cortou o silêncio do bairro São Vicente — e não foram fogos de artifício. Dois carros colidiram com uma violência que deixou marcas profundas no asfalto e, principalmente, nas famílias envolvidas.
Quando os bombeiros chegaram, a cena era digna de filme de ação, só que real demais pra digerir. Dois homens, ainda não identificados, já não apresentavam sinais vitais. "A gente faz o possível, mas algumas batalhas a gente perde antes mesmo de chegar", confessou um dos socorristas, com a voz embargada.
O que se sabe até agora
Testemunhas contam que um dos veículos estaria em alta velocidade — aquela velha história de pressa que vira tragédia. O outro? Talvez nem tenha tido tempo de frear. A Polícia Civil já iniciou os trabalhos pra reconstituir os fatos, mas adivinha só: o tal trecho não tem câmeras. Conveniente, não?
- Vítimas fatais: dois homens entre 30-40 anos
- Feridos: uma mulher de 28 anos e um adolescente de 17
- Local: cruzamento das ruas Júlio César com Monte Roraima
Os sobreviventes foram levados pro Hospital Geral de Roraima. A mulher com fratura exposta na perna — coisa feia — e o garoto com traumatismo craniano. Tá certo que o SUS não tá fácil pra ninguém, mas pelo menos tão vivos, né?
E aí, prefeitura?
Esse cruzamento já foi palco de outros acidentes. Moradores reclamam há anos da falta de sinalização — "só lembram quando vira notícia", resmungou um comerciante local. A Secretaria Municipal de Trânsito prometeu "analisar o caso". Traduzindo: provavelmente vão pintar uma faixa de pedestre e chamar de solução.
Enquanto isso, as famílias choram seus mortos. Dois nomes que viram estatística. Dois rostos que agora são fotos em velório. E Boa Vista? Segue a vida como se nada tivesse acontecido — até o próximo acidente.