
O fim de semana em Santarém foi marcado por uma sequência assustadora de colisões, capotamentos e sustos nas ruas. Entre sexta e domingo, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) precisou correr contra o relógio em nada menos que 15 chamados relacionados a acidentes de trânsito. E pra piorar? Na segunda-feira, um desses incidentes terminou em tragédia.
Segundo relatos dos socorristas, a maioria dos casos envolveu motociclistas — alguns sem capacete, outros em alta velocidade, vários desrespeitando sinalização. "É como se as pessoas tivessem esquecido que o asfalto molhado vira uma pista de patinação", comentou um profissional do SAMU, que preferiu não se identificar.
O que levou a tanto?
Chuva fina persistente + imprudência = caos. A fórmula parece simples, mas o resultado é sempre desastroso. Entre os locais mais críticos, a Avenida São Sebastião e a Rua 24 de Outubro concentraram boa parte dos chamados. E não, não foi coincidência — são pontos conhecidos por excesso de velocidade e ultrapassagens perigosas.
O caso fatal ocorreu por volta das 7h30 da segunda-feira, quando um motociclista colidiu frontalmente com um poste na zona leste da cidade. Testemunhas disseram que ele "vinha cortando os carros como se estivesse em um videogame". Infelizmente, a brincadeira terminou em morte instantânea.
Números que assustam
- 15 acidentes em 72 horas
- 8 envolvendo motos
- 5 colisões laterais
- 2 atropelamentos (leves)
- 1 vida perdida
Enquanto isso, o hospital municipal registrou aumento de 40% no fluxo de atendimentos ortopédicos. "Fratura de clavícula virou quase epidemia", brincou (sem graça) um enfermeiro da emergência.
O que mais choca nesses números? Talvez o fato de serem completamente evitáveis. Direção defensiva parece conceito de outro planeta para muitos motoristas da região. E olha que a fiscalização aumentou depois daquela operação especial do mês passado...
Será preciso mais sangue no asfalto para as pessoas entenderem que trânsito não é brincadeira? A pergunta fica no ar, enquanto o SAMU se prepara para o próximo plantão — e torce para que os números da próxima semana sejam menos assustadores.