
Eis que a política e a tecnologia se entrelaçam mais uma vez – e de forma, digamos, nada convencional. O que parecia ser mais um daqueles ataques típicos de Trump nas redes sociais, na verdade, tinha dedo de um dos homens mais poderosos do Vale do Silício.
Mark Zuckerberg, o todo-poderoso chefe do Meta, deu uma verdadeira aula particular a Donald Trump antes que o ex-presidente soltasse o verbo – ou melhor, os caracteres – em uma postagem que fez tremer o mercado.
A ameaça? Retaliar contra qualquer governo que ousasse taxar as gigantes de tecnologia. E olha, não foi um chilique qualquer. A conversa entre os dois foi direta, objetiva, e aconteceu pouco antes da bomba ser detonada nas redes.
Um telefonema que vale bilhões
Trump, como sempre, agiu por impulso? Nem tanto. Zuckerberg não só avisou como orientou estrategicamente o republicano sobre os impactos de uma possível taxação sobre as Big Techs. O recado foi claro: isso aqui pode afetar não só a inovação, mas a economia como um todo.
E não é que deu certo? A postagem viralizou, o assunto esquentou e a pressão contra a taxação ganhou um reforço de peso. Trump, conhecido por suas explosões digitais, dessa vez agiu com um backstage de alto nível.
Não é sobre ideologia. É sobre negócios.
O que mais chama atenção nisso tudo é como os interesses comerciais se sobrepõem a bandeiras políticas. Zuckerberg, que já foi criticado por progressistas, de repente está nos bastidores com um dos nomes mais conservadores do planeta. Coerência? Nah. Isso aqui é pragmatismo puro.
E a jogada foi inteligente. Trump ainda mantém uma base fiel – e barulhenta – que pode pressionar legisladores. Zuckerberg, por sua vez, protege seu império digital. Todos ganham. Exceto, talvez, os defensores de uma regulação mais dura sobre o setor.
O pano de fundo? Uma discussão que já rola há anos: como taxar empresas que muitas vezes operam em dezenas de países, mas concentram lucros em poucas jurisdições. O assunto é espinhoso, técnico, mas com consequências diretas no bolso de todos.
E agora, com essa revelação, fica claro que a guerra fiscal não se restringe a reuniões de cúpula ou discussões técnicas em comitês. Ela também é travada por meio de conversas privadas, posts bombásticos e alianças que, na superfície, parecem improváveis.
Resta saber se a estratégia vai funcionar a longo prazo. Mas uma coisa é certa: Zuckerberg não está deixando nada ao acaso. E Trump, bem… Trump continua sendo Trump. Só que, dessa vez, com um manual de instruções.