
O que parecia ser apenas mais um dia comum no Planalto Central virou um verdadeiro terremoto político. O União Brasil, num movimento que pegou todo mundo de surpresa — e digo todo mundo mesmo — decidiu suspender Celso Sabino, atual ministro do Turismo, de todas as suas atividades partidárias.
Parece brincadeira, mas não é. A decisão saiu direto do forno nesta quarta-feira e já está causando mais rebuliço que carnaval fora de época.
O que diabos aconteceu?
A explicação oficial? Segundo o partido, Sabino teria cometido aquela que pra muitos políticos é quase um pecado capital: deslealdade. Mas vamos com calma que a história tem mais camadas que cebola.
O estopim dessa confusão toda foi a posição do ministro em relação ao projeto que trata da desoneração da folha de pagamento. Sabino, contrariando a orientação do partido, resolveu apoiar o governo. E olha, em Brasília, quando você vai contra a orientação partidária, é como chegar num churrasco e falar mal da picanha — não dá.
As consequências imediatas
A suspensão é por tempo indeterminado. Traduzindo: pode ser um mês, podem ser seis, pode ser... bem, ninguém sabe. O que se sabe é que o ministro agora está praticamente num limbo político.
Mas aqui vai um detalhe que muita gente não percebe: ele continua ministro. A suspensão é partidária, não governamental. Uma situação no mínimo esquisita — imagine só ter um cargo importante no governo mas estar de castigo no próprio partido.
E o Lula com isso?
Boa pergunta. O Palácio do Planalto, pelo que se comenta nos corredores, não gostou nem um pouco da situação. Afinal, ter um ministro suspenso pelo próprio partido é como ter um jogador titular suspenso pelo próprio time — complica bastante o jogo político.
Resta saber se o governo vai interferir de alguma forma ou se vai deixar que o União Brasil resolva suas questões internas sozinho. Aposto que tem muita reunião de bastidores acontecendo neste exato momento.
O que significa na prática?
- Sabino não pode participar de decisões partidárias
- Está proibido de usar a estrutura do partido
- Não representa o União Brasil em nenhum fórum
- Mas (e é um mas importante) continua com sua base parlamentar
Parece ironia, mas o ministro do Turismo acabou fazendo um tour forçado pela geladeira política. Resta saber quanto tempo vai durar esse "refresco" partidário.
Uma coisa é certa: em Brasília, quando o jogo político esquenta, até ministro vai pra arquibancada. E dessa vez, quem foi sacado foi justamente quem deveria estar promovendo o Brasil lá fora.