Bolsonaro dá sinal verde para Tarcísio, mas com Michelle na chapa: o que está por trás dessa jogada política
Bolsonaro aceita Tarcísio com Michelle como vice

O cenário político brasileiro ganhou mais um capítulo digno de novela. E olha que essa trama promete render muitos capítulos ainda. Segundo fontes próximas ao círculo bolsonarista, o ex-presidente Jair Bolsonaro finalmente deu seu aval - mas com uma condição que está deixando todo mundo de cabelo em pé.

Parece que Tarcísio de Freitas, o atual ministro da Infraestrutura que anda com popularidade nas alturas, recebeu a bênção para concorrer ao governo de São Paulo. Mas calma lá que a coisa não é tão simples quanto parece.

A condição que ninguém esperava

Bolsonaro topou, sim. Porém - e sempre tem um porém na política - ele colocou na mesa uma exigência que pegou até os mais experientes de surpresa. Michelle Bolsonaro, a primeira-dama, teria que compor a chapa como vice. Isso mesmo que você leu.

Não é todo dia que se vê uma jogada dessas. A primeira-dama como candidata a vice-governadora do estado mais importante do país? A medida é, no mínimo, ousada.

Os bastidores dessa articulação

Conversas nos corredores do poder sugerem que Bolsonaro vê nessa movimentação uma forma de manter sua influência no tabuleiro político. É quase como um xadrez onde cada peça tem seu valor estratégico.

Michelle, que sempre manteve um perfil mais discreto, agora surge como peça fundamental nesse quebra-cabeça eleitoral. Alguns analistas arriscam dizer que seria uma maneira de fortalecer o legado bolsonarista além de 2022.

Mas será que o eleitorado paulista vai comprar essa ideia? É a pergunta que não quer calar.

O que significa para Tarcísio?

Para o ministro, a situação é daquelas que fazem a gente pensar: saiu no lucro ou no prejuízo? De um lado, ganha o apoio do bolsonarismo mais radical. Do outro, assume um compromisso que pode limitar sua autonomia.

Tarcísio, que construiu uma imagem técnica e apartidária - pelo menos é o que tenta projetar - agora se vê numa encruzilhada. Aceitar a condição significa abraçar definitivamente a bandeira bolsonarista. Recusar... bem, recusar poderia significar ficar sem o apoio do seu principal aliado.

Difícil, muito difícil.

E o PSDB nessa história?

Os tucanos devem estar com dor de cabeça só de pensar nesse cenário. O partido que dominou São Paulo por décadas agora vê surgir uma ameaça que mistura popularidade técnica com apelo bolsonarista.

E com Michelle na jogada? A situação fica ainda mais complicada. Ela carrega uma base fiel que pode fazer a diferença numa eleição acirrada.

Resta saber se os eleitores tradicionais do PSDB veriam com bons olhos essa aproximação com o bolsonarismo. Minha aposta? Duvido muito.

O que esperar dos próximos capítulos

A política brasileira nunca foi tão imprevisível. Esse movimento de Bolsonaro mostra que ele não pretende sair de cena tão cedo. Pelo contrário, está montando suas peças para continuar influenciando o jogo.

Tarcísio, por sua vez, precisa pesar muito bem seus passos. Uma decisão errada agora pode custar caro no futuro.

E Michelle? Bem, ela parece disposta a sair da sombra do marido e assumir um papel político mais ativo. Resta saber se o eleitorado está preparado para essa mudança.

Uma coisa é certa: as eleições de 2022 prometem ser das mais interessantes dos últimos tempos. E São Paulo, como sempre, será palco de grandes embates.

Fiquem de olho, porque essa história está longe de acabar.