
Olha, não é segredo pra ninguém que o governador Tarcísio de Freitas tá jogando um xadrez político de alto risco. E a peça principal? Nada mais, nada menos que o benção do ex-presidente Jair Bolsonaro. A questão que fica no ar – será que essa aposta vai valer a pena ou vai sair pela culatra?
O plano, segundo gente bem informada dos bastidores, é simplesmente ambicioso. Tarcísio quer unir PL e Republicanos numa só força política aqui em São Paulo. Uma jogada que, convenhamos, não é exatamente original, mas que carrega um peso enorme simbólico e prático.
O Que Tarcísio Realmente Quer?
Não se engane: isso vai muito além de uma mera fusão partidária. É sobre construir uma máquina eleitoral praticamente imbatível para 2026. Imagina só juntar a base bolsonarista mais sólida com a estrutura tradicional dos republicanos. Assustador para a oposição, não?
Mas é aí que mora o perigo. Bolsonaro não é exatamente conhecido por seguir roteiros alheios. O ex-presidente tem suas próprias ambições, seus próprios cálculos. E Tarcísio, bem… Tarcísio precisa navegar essas águas turbulentas sem virar o barco.
Os Obstáculos que Ninguém Está Vendo
Primeiro: a lei. Sim, aquela coisa chata que sempre aparece para estragar planos mirabolantes. O TRE-SP já deu sinais de que não vai facilitar. Há regras claras sobre coligações e fusões, e ignorá-las seria um tiro no pé – ou algo pior.
Segundo: o tempo. Tarcísio está contra o relógio. Cada dia de indecisão ou impedimento legal é um dia menos para organizar a base, distribuir cargos, costurar alianças. E em política, tempo é mais valioso que dinheiro.
Terceiro, e talvez mais importante: a lealdade. Bolsonaro mantém uma relação… como dizer… complicada com muitos de seus aliados. Será que Tarcísio será tratado como parceiro privilegiado ou como mais uma peça descartável no jogo?
O Preço da Aposta
Aqui está o ponto crucial que muitos estão ignorando. Tarcísio está colocando boa parte de seu capital político nessa jogada. Se der certo, ele se torna o incontestável herdeiro do bolsonarismo em São Paulo. Se der errado, bem, pode acabar isolado e enfraquecido.
Não é exagero dizer que estamos vendo uma das manobras políticas mais arriscadas dos últimos anos. E o mais irônico? Tudo depende de um homem que nem mesmo pode se eleger – Bolsonaro está inelegível, mas sua influência permanece intacta.
O governador paulista parece acreditar que vale a pena o risco. Resta saber se a história vai provar que ele estava certo ou se vamos lembrar disso como um grande erro de cálculo.
Uma coisa é certa: o tabuleiro político paulista nunca esteve tão interessante de se observar. E tão perigoso de se jogar.