Líder do PL ameaça paralisar a Câmara: 'Sem anistia, não há pauta'
PL ameaça paralisar Câmara sem anistia de multas eleitorais

Olha, a situação tá feia mesmo. E quando digo feia, é daquelas que fazem até o mais experiente dos políticos coçar a cabeça sem saber o que fazer. O líder do PL na Câmara, Altineu Côrtes — um nome que tá dando o que falar —, simplesmente jogou uma bomba no colo do presidente da Casa, Arthur Lira.

E não foi uma bomba qualquer. Foi daquelas com aviso prévio e tudo. Basicamente, ele deu a entender que, se Lira não colocar na pauta a tal da anistia das multas eleitorais, a bancada pode simplesmente… travar tudo. Parar a máquina. Um verdadeiro motim institucional, quem diria?

O jogo de poder por trás das cortinas

Não se engane: isso vai muito além de uma simples discussão sobre multas. É puro jogo político, daqueles bem sujos. O PL, partido do ex-presidente Bolsonaro, quer — e precisa — dessa anistia. A dívida é bilionária, meu amigo. Estamos falando de R$ 4,3 bilhões em multas que simplesmente sumiriam do mapa.

E aí é que tá o busílis. A proposta (PL 5345/23) já foi aprovada no Senado, mas na Câmara… bem, na Câmara ela tá paradinha, mofando na gaveta. E o Altineu Côrtes já chegou no limite da paciência. A conversa foi direta, sem rodeios: ou Lira pauta, ou o PL vai atrapalhar — e muito — a votação de tudo o que for importante.

E o presidente, como fica nessa?

Arthur Lira, por sua vez, não é nenhum novato. Ele sabe que ceder a um ultimato desses é um precedente perigoso. Abrir a porteira para que qualquer partido use a mesma tática no futuro? Nem pensar. Mas a pressão é real, palpável. O clima nos corredores do Congresso é de uma tensão que você quase pode cortar com uma faca.

O pano de fundo? Uma disputa de narrativas e poder. De um lado, o PL e seus aliados, desesperados por um alívio financeiro. Do outro, Lira, tentando equilibrar os pratos da governabilidade sem perder a autoridade. É um cabo de guerra onde ninguém quer sair perdendo — mas alguém sempre sai.

E o pior? Isso paralisa o país. Enquanto eles brigam, projetos importantes, urgentes, ficam na fila esperando. É um jogo de ego onde a única vítima real é o cidadão comum, que espera que seus representantes façam, pelo menos, o básico.

Será que vai rolar mesmo uma paralisação? Bom, só o tempo — e a teimosia de ambos os lados — vai dizer. Mas uma coisa é certa: o jogo político brasileiro nunca foi para os fracos de coração.