
Parece que o jogo político em Brasília está mais quente do que nunca. Nesta quarta-feira, o Congresso Nacional deu seu aval a uma daquelas medidas que misturam economia, política e — pasmem — até apostas esportivas. A MP do IOF, que estava parada há tempos, finalmente saiu do papel.
E olha, a coisa é séria. Estamos falando de R$ 7,5 bilhões que agora podem ser realocados no orçamento federal. Uma grana preta que, segundo os bastidores, vai ajudar o governo Lula a respirar mais aliviado nas contas públicas. Não é pouca coisa, convenhamos.
O que muda para as casas de aposta?
Agora vem a parte interessante. Enquanto muita gente discute os R$ 7,5 bilhões, tem uma galera comemorando nos bastidores: as operadoras de apostas esportivas. A alíquota do IOF sobre os prêmios caiu de 30% para 15%. Metade! Isso mesmo que você leu.
Mas calma lá que a coisa não é tão simples. Essa redução vem com uma contrapartida: as empresas agora vão pagar 12% de IRPJ sobre o lucro. Parece complicado? É porque é mesmo. O governo basicamente trocou seis por meia dúzia, mas com um sabor diferente.
E tem mais — sempre tem. As operadoras terão que investir 1,7% da receita bruta em projetos esportivos. Futebol, vôlei, basquete... quem sabe até aqueles esportes que a gente só lembra durante as Olimpíadas.
O jogo de bastidores
Ah, a política brasileira... Nunca é simples, né? A votação foi tensa, com muita negociação nos corredores. O relator, Danilo Forte, do PSDB — sim, da oposição — conseguiu costurar um acordo que agradou a quase todo mundo. Como ele fez isso? Mistério.
Os partidos de esquerda ficaram com um pé atrás com o benefício às apostas, mas engoliram seco pelo interesse maior: os tais R$ 7,5 bilhões. Já a direita aceitou a parte econômica em troca da regulamentação do setor de apostas. Todo mundo saiu com alguma coisa, como num bom bazar.
E o Palácio do Planalto? Respirou aliviado. Afinal, dinheiro em caixa é sempre bem-vindo, especialmente num ano que promete ser... digamos, economicamente desafiador.
E agora, o que esperar?
Bom, as casas de aposta já estão comemorando — algumas até publicamente. A redução do IOF significa prêmios maiores para os apostadores, o que pode atrair mais gente. Mais gente significa mais movimento, mais receita... você entendeu.
Já o governo ganha fôlego financeiro imediato e ainda arrecada mais com o IRPJ das empresas a longo prazo. Parece que todo mundo ganha, mas será mesmo?
Os críticos já estão de prontidão. Alegam que o governo está facilitando o jogo, que pode causar dependência, e usando isso como moeda de troca para fechar as contas. Um debate que promete esquentar nos próximos dias.
Enquanto isso, em Brasília, a sensação é de dever cumprido — pelo menos por hoje. Amanhã é outro dia, e a política, como o jogo, sempre reserva suas surpresas.