
O Palácio do Planalto prepara-se para virar o jogo no tabuleiro geopolítico dos recursos naturais. E olha, a jogada promete ser magistral. Na próxima segunda-feira, o presidente Lula vai reunir um verdadeiro dream team ministerial para traçar uma estratégia de defesa irrestrita das nossas terras raras. Ninguém duvida: a mensagem será clara e cristalina como água de riacho.
“Não vão meter a mão nos nossos minerais”. A frase, dita com aquela convicção típica do presidente, ecoa como um aviso aos curiosos de plantão. Soa quase como um grito de independência mineral, uma declaração de soberania num mundo que, cada vez mais, busca controlar as riquezas alheias.
O Que Está em Jogo?
Não se engane: isso vai muito além de uma discussão técnica. É geopolítica pura, da pesada. As terras raras – esses minérios com nomes complicados como neodímio e lantânio – são simplesmente vitais. Elas estão nos celulares, nos carros elétricos, nas turbinas eólicas e até em equipamentos militares. Quem controla esses recursos, dita as regras do jogo tecnológico.
E o Brasil? Bem, o Brasil não é apenas um coadjuvante nessa história. Temos uma das maiores reservas do planeta, uma verdadeira mina de ouro do século XXI. Mas, como sempre, os olhos gringos não param de piscar para o nosso quintal. A reunião de segunda-feira não poderia ser mais oportuna.
Quem Estará na Mesa?
Lula não chamou qualquer um. A lista de convocados é pesada, sinal claro da seriedade do assunto:
- Luciana Santos, da Ciência e Tecnologia – porque inovação e mineração andam de mãos dadas
- Fernando Haddad, das Finanças – afinal, onde há minério, há dinheiro envolvido
- Alexandre Silveira, de Minas e Energia – o anfitrião natural dessa conversa
- Rui Costa, da Casa Civil – para costurar tudo com linha forte
- Mauro Vieira, das Relações Exteriores – a defesa diplomática é crucial
Não é todo dia que vemos tantos pesos-pesados do governo na mesma sala. Isso só prova a urgência do tema.
O Cenário Internacional: Tensão à Vista
O mundo anda turbulento, e a corrida por recursos estratégicos só aquece o clima. De um lado, China e Estados Unidos travam uma batalha silenciosa pelo domínio tecnológico. De outro, países emergentes como o Brasil acordam para o valor do que têm no subsolo.
“Temos que ter cuidado com a ganância internacional”, comentou um auxiliar presidencial, sob condição de anonimato. “Não podemos repetir erros do passado, quando vendíamos commodities a preço de banana e comprávamos produtos manufaturados a peso de ouro.”
A reunião deve definir como o Brasil vai gerir esses recursos – se amplia a exploração, como regula o setor, e principalmente como impede que interesses estrangeiros levem a melhor. A palavra de ordem parece ser valor agregado: não basta vender pedra; temos que vender tecnologia, produtos acabados, solução completa.
O recado de Lula, portanto, vai além da retórica nacionalista. É um posicionamento estratégico, um alerta ao mercado global de que o Brasil não será mais um mero exportador de matéria-prima bruta. O mundo que se ajuste.