
O que começou como mais um vídeo viral nas redes sociais virou um debate nacional sobre os limites da exposição infantil na internet. E o deputado federal Motta — que você provavelmente conhece por outras polêmicas — resolveu meter a colher no vespeiro.
"Isso aqui tá virando terra sem lei", disparou o parlamentar, referindo-se aos casos de "adultização precoce" de crianças em plataformas digitais. Ele não citou exemplos específicos (até porque a lista seria longa demais), mas todos sabemos do que se trata: aqueles perfis onde meninas de 8 anos aparecem maquiadas como adultas, ou garotinhos fazendo dancinhas que... bem, digamos que não são exatamente infantis.
O estopim
Tudo começou quando um vídeo — desses que a gente compartilha no WhatsApp com vários pontos de exclamação — circulou entre parlamentares. Nele, uma menina que mal devia ter trocado os dentes de leite aparecia em situação no mínimo constrangedora. "Chega!", parece ter dito Motta ao ver a cena.
E olha que o cara não é exatamente um santinho quando o assunto é polêmica. Mas até ele teve seu momento "tiozão do churrasco" preocupado com as novas gerações:
- "Precisamos discutir limites" (famoso bordão de quem vai propor regulamentação)
- "As redes sociais não podem ser o Velho Oeste para crianças" (comparação dramática, mas eficaz)
- "Vamos pautar projetos sobre o tema ainda este mês" (promessa que todo mundo vai cobrar depois)
E agora?
Parece que a Câmara finalmente acordou para um problema que pais e educadores vêm apontando há anos. Entre os projetos que podem virar pauta:
- Fiscalização mais rígida de conteúdos com participação infantil
- Limites para publicidade direcionada a menores
- Obrigatoriedade de alertas em vídeos que promovam comportamentos inadequados
Claro, como tudo no Congresso, pode virar um belo projeto que morre na gaveta — ou pior, vira aquelas leis que todo mundo ignora. Mas pelo menos o debate está posto. E num país onde até "hora do recreio" vira conteúdo patrocinado, talvez já fosse mais do que hora.
Enquanto isso, nas redes sociais, a discussão segue quente. De um lado, os "deixem as crianças serem crianças". Do outro, os "mas e a liberdade de expressão?". No meio, uma legião de pais tentando entender os termos de uso do TikTok...