Barroso afirma que STF não regulará plataformas digitais e destaca papel do Congresso
Barroso: STF não regulará plataformas digitais

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, deixou claro que a corte não tem a intenção de regular as plataformas digitais. Em declarações recentes, ele destacou que essa responsabilidade cabe ao Congresso Nacional.

Barroso enfatizou que o STF atua dentro de seus limites constitucionais e que a regulamentação de redes sociais e outras ferramentas digitais é uma tarefa do Poder Legislativo. "O STF não vai regular plataformas digitais. Isso é uma atribuição do Congresso", afirmou o ministro.

O debate sobre a regulamentação

O tema ganhou destaque nos últimos anos, especialmente com o aumento das discussões sobre desinformação, discurso de ódio e liberdade de expressão nas redes sociais. Muitos países já avançaram na criação de leis específicas para o ambiente digital, e o Brasil segue em debate.

Barroso lembrou que, embora o STF possa julgar casos concretos que envolvam direitos fundamentais, a criação de normas gerais deve ser feita pelos parlamentares. "O Judiciário não pode substituir o Legislativo", reforçou.

Impactos da decisão

Essa posição do STF pode influenciar os rumos do PL 2630, conhecido como "Lei das Fake News", que está em discussão no Congresso. O projeto busca estabelecer regras para plataformas digitais, incluindo transparência de algoritmos e responsabilização por conteúdo.

Especialistas apontam que a declaração de Barroso reforça a necessidade de um diálogo amplo entre sociedade, empresas de tecnologia e representantes políticos para encontrar um equilíbrio entre liberdade e responsabilidade no ambiente online.