A Meta, empresa controlada por Mark Zuckerberg, conquistou uma vitória judicial significativa nesta terça-feira, 18 de novembro de 2025. Após cinco anos de batalha legal, a companhia foi absolvida em uma ação antitruste movida pela Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC).
Origens do processo antitruste
O caso teve início em 2020, quando a FTC processou a Meta alegando violação das leis antitruste americanas. A acusação central girava em torno das aquisições do Instagram e WhatsApp, que segundo os reguladores, teriam criado uma posição de monopólio no mercado de redes sociais.
O processo pedia que a empresa fosse obrigada a se desfazer das duas plataformas adquiridas, argumentando que as compras prejudicavam a livre concorrência no setor digital.
O julgamento e a defesa de Zuckerberg
O julgamento se estendeu por sete semanas e contou com testemunhos de diversas personalidades influentes do mundo digital, incluindo o próprio Mark Zuckerberg. O fundador da Meta argumentou que a empresa enfrenta concorrência significativa de outras plataformas.
Entre os concorrentes citados estavam o TikTok, que surgiu em 2016, e o YouTube, plataforma mais antiga lançada em 2006. A defesa sustentou que o mercado digital é dinâmico e competitivo, invalidando a acusação de monopólio.
Decisão judicial favorável à Meta
O juiz federal James Boasberg acatou os argumentos da defesa. Em sua decisão, ele afirmou categoricamente que "a Meta não detém nenhum monopólio no mercado relevante".
O magistrado também observou que desde a abertura da ação, em 2020, o mercado digital sofreu transformações significativas, principalmente com o advento e popularização da Inteligência Artificial.
Contraste com o caso Google
O resultado contrasta com o caso envolvendo o Google no ano anterior. A empresa foi condenada por violar leis antitruste ao pagar US$ 26,3 bilhões para fabricantes e operadoras de celulares, incluindo Apple e Samsung.
O objetivo desses pagamentos era garantir que o serviço de busca do Google fosse o padrão em dispositivos móveis e navegadores, prática considerada anticompetitiva por prejudicar concorrentes como o Safari da Apple e o Firefox da Mozilla.
A vitória da Meta representa um alívio significativo para a empresa, que encerra um capítulo jurídico que se arrastava por cinco anos e ameaçava sua estrutura corporativa atual.