
Virou febre em São Paulo — condomínios de alto padrão adotando reconhecimento facial como se fosse o novo cafezinho da manhã. Mas será que essa tecnologia é tão inofensiva quanto parece? Vamos desvendar esse mistério que tá dando o que falar.
O efeito manada nos prédios chiques
Parece que todo condomínio que se preza agora quer essa modernidade. "Se o vizinho tem, por que eu não posso ter?" — eis o pensamento que domina síndicos e moradores. Só que, entre nós, nem sempre o que é moda é bom. Alguns lugares implementaram sem nem pensar direito nas consequências.
Como funciona na prática?
Imagine chegar no seu prédio e a cancela abrir magicamente. Sem cartão, sem digitar senha — só seu rosto fazendo o trabalho. Conveniente? Sem dúvida. Mas... (e sempre tem um mas) o que acontece com aquela selfie que você postou no Instagram ontem? Será que não pode ser usada contra você?
Os prós que ninguém discute
- Agilidade monstra: Esqueça filas na portaria na hora do rush
- Segurança reforçada: Cadê aquela história de "emprestar" o cartão de acesso?
- Controle de visitas: Seu sogro não entra mais sem aviso prévio
Os contras que assustam
Ah, mas não é só flores — e as espinhas desse sistema podem doer. Dados biométricos são como sua digital: se vazam, não tem como trocar. Já pensou nisso? Alguns especialistas alertam:
- Onde esses dados ficam armazenados?
- Quem tem acesso às imagens do seu rosto?
- E se o sistema confundir você com um criminoso procurado?
Pois é, meu amigo. A tecnologia avança, mas as leis... essas ficam engatinhando. Em São Paulo, a discussão esquenta tanto quanto o trânsito na Marginal.
E a LGPD nisso tudo?
A Lei Geral de Proteção de Dados existe, mas parece que muitos condomínios fingem que não. "Ah, mas aqui é área privada" — dizem alguns. Só que privado não significa terra sem lei. Os moradores têm direitos, mesmo dentro das quatro paredes do prédio.
No final das contas, a questão é simples: conveniência versus privacidade. Onde traçar a linha? Difícil dizer, mas uma coisa é certa — antes de aderir à onda, vale a pena pensar duas (ou três) vezes.