
Pequim está virando o palco de uma revolução silenciosa — e ela tem rosto, corpo e até passos de dança. Os novos robôs humanoides, que mais parecem personagens de Black Mirror, já fazem tarefas domésticas, interagem com humanos e, pasmem, até alugam por hora. Sim, você leu certo: alugam.
De aspiradores de pó a dançarinos
Lembra quando achávamos incrível um robô que aspirava sozinho? Pois é, isso virou coisa do passado. Os modelos exibidos em lojas de tecnologia chinesas agora:
- Arrumam camas com precisão de hotel 5 estrelas
- Lavam louça sem quebrar um único prato (coisa que eu, humano, ainda falho às vezes)
- Dançam coreografias sincronizadas — e com mais ritmo que muito frequentador de balada por aí
"Parece brincadeira, mas já vendemos 20 unidades só esta semana", contou um vendedor enquanto um dos androides servia chá para clientes. O detalhe? Eles reconhecem expressões faciais. Se você fizer cara de espanto, ele até pergunta se está tudo bem.
Aluguel por hora: negócio promissor ou distopia?
Aqui vai o pulo do gato: por ¥1.500 (cerca de R$ 1.050) por dia, você pode levar um para casa. Ou por ¥300 (R$ 210) a hora — preço de babá em São Paulo, mas sem folga nem direitos trabalhistas. Algumas empresas já usam os modelos para:
- Recepcionar clientes
- Fazer demonstrações de produtos
- Até como "companhia" para idosos (sim, isso está gerando debates éticos fervorosos)
Um executivo me confessou, entre risos: "Meu filho de 8 anos prefere brincar com o robô do que comigo. Acho que preciso atualizar meu software paternal".
Enquanto isso, os críticos torcem o nariz. "E quando começarem a votar?", questionou um professor de ética tecnológica. Já os entusiastas contra-argumentam: "Melhor que político corrupto".