Adeus, internet discada! AOL encerra definitivamente os últimos modems nos EUA
AOL desliga últimos modems de internet discada nos EUA

Lembra daquele barulho icônico — a sinfonia de bipes e chiados que anunciava a conexão com a internet? Pois é, essa trilha sonora da década de 90 está prestes a virar história de museu. A AOL, aquela gigante que levou milhões à "world wide web" pela primeira vez, está puxando o plugue de vez.

O último suspiro dos modems

Nesta segunda-feira (11/08), a empresa confirmou o que muitos já esperavam: os últimos modems discados da AOL nos EUA serão desativados. Uma página se vira, outra se fecha — e essa era tão barulhenta quanto nostálgica.

Quem diria que aqueles aparelhos — que pareciam naves espaciais para os usuários da época — se tornariam peças de colecionador? A internet que um dia carregava páginas em velocidade de tartaruga agora roda vídeos em 4K sem piscar. O progresso é implacável.

Os números de uma revolução

  • No auge, em 2002, a AOL tinha incríveis 35 milhões de assinantes
  • Os CDs de instalação eram tão comuns que viraram "pratos" improvisados em festas universitárias
  • Em 2015, apenas 2,1 milhões ainda resistiam à banda larga

E pensar que muita gente (inclusive este que vos escreve) precisava escolher entre usar o telefone ou navegar na web. Hoje soa absurdo, mas era o "luxo" da época.

Por que demorou tanto?

Boa pergunta! A verdade é que algumas comunidades rurais nos EUA ainda dependiam desse serviço. Sem infraestrutura para banda larga, a discada era sua única janela para o mundo digital. Agora, com satélites e redes móveis cobrindo até os cantos mais remotos, até esses últimos usuários migraram.

Não vai fazer falta? Bem, aquele ritual quase mágico de conectar — com direito a torcer para ninguém atender o telefone — certamente ficará na memória. Mas convenhamos: ninguém sentirá saudades das interrupções no meio do download ou das contas telefônicas astronômicas.

Resta agora um silêncio digital. E um pedaço importante da história da tecnologia que, como tudo que é velho, um dia vira pó — ou melhor, bytes esquecidos no arquivo morto da internet.