Cigarro eletrônico impulsiona aumento alarmante do tabagismo no Brasil — veja os riscos
Tabagismo volta a crescer no Brasil por causa do cigarro eletrônico

Parece que o Brasil está dando marcha-ré na luta contra o tabagismo. Depois de anos de queda constante, os números voltaram a subir — e o vilão da vez tem nome e sobrenome: cigarro eletrônico.

Dados que beiram o assustador mostram um crescimento de 30% no uso desses dispositivos entre jovens de 18 a 24 anos só no último ano. "É uma tendência perigosa", dispara o pneumologista Carlos Alberto, que já atendeu casos graves de pneumonia química por causa do vício.

Por que o vape virou febre?

Os motivos são vários, mas três se destacam:

  • Sabor de bala — os líquidos com sabores doces enganam o paladar
  • Falsa segurança — a ideia de que "faz menos mal" pegou
  • Modinha digital — influenciadores transformaram o ato em estética

E o pior? Muita gente nem sabe que está consumindo nicotina — aquela velha conhecida que prende o usuário num abraço de dependência química.

Riscos que ninguém conta

Enquanto as lojas vendem o produto como "alternativa saudável", os pulmões pagam o pato. Estudos preliminares já associam o vape a:

  1. Danos irreversíveis nos alvéolos pulmonares
  2. Risco 30% maior de desenvolver asma
  3. Problemas cardiovasculares precoces

"É como brincar de roleta russa com a saúde", alerta a dra. Fernanda Gomes, do Instituto Nacional do Câncer. Ela lembra que muitos dispositivos contêm substâncias não regulamentadas — um verdadeiro coquetel tóxico.

E aí, vale o risco? Enquanto a Anvisa ainda debate a regulamentação, uma geração inteira está sendo viciada. O pior é que muitos nem percebem — até o dia em que o corpo cobra a conta.