
Ouvir por aí que um remédio comum, daqueles que todo mundo tem em casa, poderia causar autismo é de assustar qualquer um, não é mesmo? Pois bem, o Ministério da Saúde resolveu botar os pingos nos 'is' e cortar pela raiz essa história que tem circulado por aí.
Em um daqueles comunicados que a gente precisa prestar atenção, a pasta foi categórica: não existe nenhuma evidência científica – e olha que eles reviraram tudo o que há de estudo por aí – que comprove uma ligação entre o uso do paracetamol e o desenvolvimento do transtorno do espectro autista (TEA).
De Onde Surgiu Esse Boato?
É aquela velha história: um estudo isolado, muitas vezes com limitações, ganha uma interpretação exagerada nas redes sociais. Aí, quando você vê, o assunto virou um 'factoide', uma daquelas notícias que se espalham como rastilho de pólvora, causando uma ansiedade desnecessária nas pessoas. O Ministério da Saúde, com a seriedade de sempre, foi checar a fundo. E a conclusão é tranquilizadora.
Analisando o conjunto da obra – porque em ciência não se pode olhar para uma árvore e perder a floresta –, ficou claro que o paracetamol continua sendo uma opção segura e essencial para o controle da dor e da febre. Imagina tirar isso do armário das famílias baseado em algo tão frágil? Seria um desserviço à saúde pública.
E Para as Grávidas? Pode ou Não Pode?
Essa é uma dúvida que sempre aperta o coração das futuras mamães. O Ministério foi direto ao ponto: o uso do medicamento durante a gestação, seguindo rigorosamente a orientação médica, também não apresenta riscos comprovados em relação ao TEA. Claro, como qualquer remédio, o segredo está na dosagem certa e no uso racional. Mas o alerta contra os boatos é justamente para evitar que gestantes, com medo de uma informação falsa, deixem de tratar uma febre, por exemplo, o que poderia trazer complicações bem reais para ela e o bebê.
É um daqueles casos em que o remédio contra a desinformação é tão importante quanto o próprio paracetamol.
O Recado Ficou Claro
O posicionamento do governo é um balde de água fria na fogueira dos equívocos. A recomendação oficial mantém-se inalterada: o paracetamol é seguro. Ponto final. A população pode – e deve – continuar utilizando esse medicamento conforme as indicações de um profissional de saúde, com toda a confiança de sempre.
No fim das contas, a lição que fica é a de sempre: na dúvida, busque fontes confiáveis. Desconfie de manchetes bombásticas que prometem revoluções na medicina com base em um único estudo. A ciência de verdade é feita de consenso, de muito trabalho repetido e comprovado. E, pelo visto, o paracetamol saiu ileso dessa mais uma.