Idosa vence batalha judicial e recebe coração artificial em procedimento inédito no Brasil
Idosa recebe coração artificial após vencer na Justiça

Numa decisão que vai fazer história, uma senhora de 72 anos — que preferiu não revelar o nome — finalmente conseguiu o que muitos consideravam impossível. Depois de meses batendo na porta dos tribunais, ela recebeu luz verde para um procedimento que, convenhamos, nem todo mundo sabia que existia por essas bandas.

O caso é daqueles que dão nó na cabeça: como explicar que uma tecnologia capaz de salvar vidas fique trancada a sete chaves pela burocracia? A paciente, com problemas cardíacos graves, esgotou todas as alternativas convencionais antes de entrar na justiça. E olha que não foi moleza — a batalha judicial durou quase um ano, com recursos, contra-argumentos e muita papelada.

O pulo do gato tecnológico

O tal coração artificial — um trambolho tecnológico que parece saído de filme de ficção — funciona como uma ponte enquanto o paciente espera por um transplante. Mas aqui está o xis da questão: no Brasil, essa opção ainda é raríssima, quase um unicórnio médico. Custa os olhos da cara e os planos de saúde torcem o nariz.

"Quando o juiz deu ganho de causa, eu quase caí para trás", confessou o neto da idosa, que acompanhou toda a saga. "A gente já tinha perdido as esperanças quando o hospital negou pela terceira vez."

Efeito dominó na saúde pública

Especialistas estão de orelha em pé com o caso. O precedente judicial pode abrir as comportas para outros pacientes em situação similar — e aí, meu amigo, a conta não fecha. O SUS, já capenga, teria que se virar nos 30 para bancar procedimentos que custam mais que apartamento em bairro nobre.

Por outro lado, defensores da medida argumentam com unhas e dentes: "Se a tecnologia existe, por que só quem tem bolso fundo pode acessar?" — questiona um médico que acompanhou o caso, pedindo anonimato. Complexo, né?

A cirurgia, realizada semana passada num hospital de São Paulo, durou nove horas e meia. A equipe médica — uma turma de elite que parecia time da NASA — monitorou cada passo com cuidado de ourives. Até agora, a paciente responde bem, mas o caminho ainda é longo.

Enquanto isso, o debate esquenta: até onde vai o direito à vida quando a tecnologia avança mais rápido que as políticas públicas? Pergunta de um milhão de dólares que, convenhamos, não tem resposta fácil.