
A situação é grave, e não é exagero. O Hospital Regional de Presidente Prudente, aquele que é uma referência vital para toda a região oeste paulista, está com os estoques de sangue praticamente no zero. E olha que estamos falando de um lugar que é a salvação para 45 municípios – uma responsabilidade enorme que, no momento, pende por um fio.
Segundo o banco de sangue do hospital, o famoso Hemocentro, a reserva de alguns tipos sanguíneos já atingiu um patamar tão baixo que chega a assustar. Tipo O negativo e O positivo, esses universais que todo mundo sabe que são os mais requisitados em emergências, estão praticamente esgotados. B negativo também não está nada bem. É como se o tanque de combustível da esperança estivesse na reserva técnica.
Como a comunidade pode virar esse jogo?
A boa notícia – porque sempre tem uma – é que a solução está literalmente nas veias da população. O chamado é direto: quem puder, doe. E rápido. O hemocentro funciona de segunda a sexta, das 7h às 17h, lá na Avenida da Saudade, 218. Sábado também tem coleta, das 7h ao meio-dia.
Para doar, a receita não é complicada, mas tem que seguir à risca:
- Ter entre 16 e 69 anos (menores de 18 precisam daquela autorização dos pais, claro)
- Pesar mais de 50 kg – é uma questão de segurança
- Estar bem alimentado, mas evitar comidas gordurosas antes de ir
- Levar um documento original com foto, nada de cópia
Ah, e tem uns detalhes que a galera às vezes esquece: se você fez tatuagem ou colocou aquele piercing, tem que esperar 12 meses, beleza? Mesma regra vale para quem passou por procedimentos estéticos. Quem teve covid ou tomou a vacina, a espera é menor – só 7 dias. Mas é bom ligar lá e confirmar, porque essas regras podem dar uma pequena variada.
Uma rede que sustenta vidas
Pensa na importância desse lugar. O Hospital Regional é aquele que recebe os casos mais complexos de cidades como Adamantina, Dracena, Presidente Bernardes... Enfim, uma lista enorme. Acidentes de trânsito, cirurgias de urgência, tratamentos contra o câncer – tudo depende desse estoque. Quando ele seca, vidas ficam em espera. É duro falar assim, mas é a pura verdade.
O que mais impressiona é a velocidade com que o sangue é usado. Uma vítima de acidente grave, por exemplo, pode precisar de várias bolsas de uma só vez. E não dá para estocar por tempo indefinido – o sangue tem prazo de validade. Por isso a doação precisa ser constante, um ato contínuo de solidariedade.
É aquela história: ninguém sabe quando vai precisar. Pode ser um familiar, um amigo, ou a gente mesmo. Manter os estoques abastecidos é uma garantia de que, na hora do aperto, o socorro vai estar lá. Parece clichê, mas é a mais pura realidade do interior.
Então, se você está em Presidente Prudente ou nas cidades vizinhas, e se encaixa nos requisitos, que tal dar uma passada no hemocentro? A doação é rápida, praticamente indolor, e o retorno... bem, o retorno é medido em vidas salvas. Não existe investimento melhor.