
Não é exagero dizer que o mês de agosto deixou o Hemocentro de Brasília com os nervos à flor da pele. Os números? Assustadores. O mês registrou a menor média de doações de sangue em 2025 — um baque para quem depende desse gesto solidário para sobreviver.
"Estamos numa situação delicada, pra não dizer desesperadora", admite um funcionário que prefere não se identificar. O estoque, segundo ele, está tão baixo que qualquer emergência pode virar um pesadelo logístico.
Por que agosto foi tão ruim?
Ninguém sabe ao certo. Talvez o friozinho atípico, talvez a sequência de feriados, ou quem sabe aquela gripe chata que derrubou meio escritório. O fato é que as cadeiras dos doadores ficaram vazias quando mais precisavam estar ocupadas.
Os tipos sanguíneos mais críticos:
- O negativo (aquele universal que salva em emergências)
- B negativo (sempre em falta)
- A negativo (sumiu do mapa)
Ação especial: esperança em gotas
A partir desta terça (12), o Hemocentro vai funcionar em horário estendido — das 7h às 18h — e promete agilizar o processo. "Quem doa sangue não pode perder o dia inteiro", justifica a coordenadora Maria Fernanda, enquanto organiza pacotes de biscoitos para os doadores.
E tem mais: quem aparecer até sexta ganha um brinde surpresa (não, não é um carro zero, mas vai alegrar seu dia). A meta é clara: repor pelo menos 300 bolsas até o fim da semana.
Quem pode ajudar?
Os requisitos básicos:
- Ter entre 16 e 69 anos (menores precisam de autorização)
- Pesar mais de 50kg
- Não estar gripado ou com febre
- Ter dormido pelo menos 6 horas na noite anterior
Ah, e esqueça a desculpa da "falta de tempo" — o processo todo leve menos que uma pausa para o cafezinho. Sério.
Enquanto isso, nos corredores do hospital, médicos cruzam os dedos. "Cada doação vale três vidas", lembra o Dr. Carlos, cirurgião cardíaco. "Mas ultimamente parece que as pessoas esqueceram disso."