Hemoacre em estado de alerta: estoques de sangue tipo O+ e O- estão críticos!
Hemoacre em emergência: estoques de sangue O+ e O- críticos

Imagine você precisar de uma transfusão e descobrir que não há sangue disponível. Pois é, essa é a realidade que o Hemoacre está enfrentando neste momento. Os estoques dos tipos O+ e O- — aqueles considerados "doadores universais" — estão perigosamente baixos, quase no limite do colapso.

"É como se tivéssemos um pneu furado e só um macaco de carro enferrujado", compara a coordenadora de doações, Maria Silva. Segundo ela, os estoques não chegam nem a 30% do considerado ideal. E olha que estamos falando dos tipos mais versáteis, usados em emergências quando não há tempo para testes de compatibilidade.

Por que o O+ e O- são tão importantes?

  • O+ é o tipo mais comum no Brasil (cerca de 36% da população)
  • O- é o único seguro para qualquer paciente, em qualquer situação
  • Usados em acidentes graves, cirurgias de emergência e tratamentos contra o câncer

O problema? A demanda nunca para — acidentes de trânsito, complicações no parto, pacientes em quimioterapia — mas as doações caíram quase 40% desde o início do ano. "Parece que as pessoas esqueceram que doar sangue salva vidas", lamenta o enfermeiro João Mendes, enquanto organiza as últimas bolsas disponíveis.

Quem pode ajudar?

Se você tem entre 16 e 69 anos (menores precisam de autorização), pesa mais de 50kg e está com a saúde em dia, pode ser um herói anônimo. A doação leva menos de uma hora e um único doador pode beneficiar até quatro pessoas. Não é incrível?

Ah, e esqueça aquela desculpa de "não tenho tempo". Os postos de coleta funcionam das 7h às 18h, inclusive aos sábados. Dá pra doar antes do trabalho, na hora do almoço ou até depois da academia. Convenhamos: não há programa mais gratificante do que saber que seu sangue pode estar salvando alguém nesse exato momento.

Os endereços estão no site do Hemoacre, mas se você é daqueles que vive perdido (como eu), anota aí: tem unidade no centro de Rio Branco e em mais cinco cidades do Acre. E não se preocupe — todo o processo segue rigorosos protocolos de segurança, desde a triagem até a coleta.

Enquanto isso, nas prateleiras quase vazias do hemocentro, cada bolsa restante parece um tesouro. "É angustiante", confessa uma técnica que prefere não se identificar. "Saber que pode faltar justo quando alguém mais precisar."