Genilda sofre com crânio aberto e espera por cirurgia há 6 meses em MS: 'Quero minha vida de volta'
Genilda espera por cirurgia de crânio há 6 meses em MS

Há seis meses, Genilda vive um verdadeiro calvário no Mato Grosso do Sul. Com parte do crânio exposta após um acidente, ela aguarda, ansiosa e dolorida, por uma cirurgia que pode devolver-lhe a qualidade de vida.

A situação dramática da paciente revela as dificuldades enfrentadas por milhares de brasileiros que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS). "Estou cansada de sofrer. Quero minha vida de volta", desabafa Genilda, em entrevista exclusiva.

O acidente que mudou tudo

Tudo começou com um trauma craniano grave que exigiu intervenção médica imediata. Após a primeira cirurgia de emergência, os médicos precisaram remover parte do osso craniano para aliviar a pressão cerebral - procedimento conhecido como craniectomia descompressiva.

"Desde então, vivo com medo constante. Qualquer batida ou queda pode ser fatal", explica Genilda, mostrando a área vulnerável protegida apenas por uma faixa elástica.

A longa espera pela cirurgia reparadora

O procedimento necessário, chamado cranioplastia, envolve a reconstrução da estrutura óssea com material sintético ou parte do próprio osso do paciente. Apesar da urgência clínica, a fila de espera no SUS tem mantido Genilda em situação de risco.

"Já perdi as contas de quantas vezes fui ao hospital esperando pela chamada. A cada adiamento, minha esperança diminui", relata a paciente, visivelmente emocionada.

Impactos na vida cotidiana

Enquanto aguarda pelo procedimento, Genilda enfrenta:

  • Dores de cabeça incapacitantes
  • Restrições severas de movimento
  • Dificuldades para dormir
  • Problemas de equilíbrio e coordenação

"Não consigo trabalhar, cuidar da casa ou ter uma vida normal. Me sinto prisioneira do meu próprio corpo", desabafa.

O que diz a Secretaria de Saúde

Questionada sobre o caso, a Secretaria Estadual de Saúde de Mato Grosso do Sul afirmou que "os procedimentos eletivos seguem ordem de prioridade clínica" e que "estão trabalhando para reduzir as filas de espera".

Enquanto isso, Genilda segue contando os dias e esperando pelo telefonema que pode mudar sua vida. "Só quero ter minha cabeça inteira de novo e poder abraçar meus netos sem medo", conclui, com lágrimas nos olhos.