Fiocruz e EMS selam parceria histórica para fabricar canetas de obesidade 100% brasileiras
Fiocruz e EMS produzem canetas para obesidade no Brasil

Imagine um cenário onde o Brasil não dependa mais de importações para tratar uma das condições que mais avançam no país: a obesidade. Pois é, essa realidade está mais perto do que a gente imagina. Fiocruz e EMS acabam de fechar um acordo que pode mudar o jogo na saúde pública.

Não é exagero dizer que essa parceria tem gosto de conquista. Afinal, estamos falando da primeira produção 100% nacional de canetas de aplicação para tratamento de obesidade. E olha que interessante: tudo começa no segundo semestre de 2024, com expectativa de chegar ao SUS até 2025.

Por que isso é tão importante?

Bom, pra começar, o Brasil gasta uma fortuna importando esses medicamentos. Só no ano passado, foram mais de R$ 1,3 bilhão desembolsados. Dinheiro que poderia estar sendo investido em outras áreas da saúde, não é mesmo?

E tem mais: a tecnologia por trás dessas canetas é complexa pra caramba. Dominar esse know-how coloca o país num patamar estratégico. "É como aprender a fazer aviões depois de só comprar prontos", me disse um especialista que preferiu não se identificar.

O que muda na prática?

  • Preços mais acessíveis (a gente sabe como custo importado pesa no bolso)
  • Menor dependência de fatores externos (lembra da crise dos chips? Pois é...)
  • Geração de empregos qualificados na indústria farmacêutica nacional

E tem um detalhe que quase passa batido: a EMS vai produzir em sua fábrica em Hortolândia (SP), usando tecnologia transferida pela Dinamarquesa Novo Nordisk. Parece simples, mas é um passo gigante para nossa soberania em saúde.

Ah, e antes que eu me esqueça - o acordo prevê capacidade para produzir até 3 milhões de unidades por ano. Nada mal, hein?

O outro lado da moeda

Claro que nem tudo são flores. Alguns especialistas torcem o nariz para prazos otimistas. "Transferência de tecnologia é um processo delicado", alerta a Dra. Carla Mendes, endocrinologista que acompanha o tema há anos.

Mas convenhamos: depois de ver tanto projeto naufragar por burocracia, um anúncio concreto como esse dá um certo alívio. Principalmente quando falamos de um problema que atinge 26% da população adulta brasileira.

E você, o que acha? Será que finalmente vamos ver a tão sonhada independência farmacêutica em áreas estratégicas? Bom, pelo menos o primeiro passo já foi dado - e parece ser na direção certa.