Anvisa impõe retenção de receita para remédios como Ozempic a partir de segunda-feira (23)
Anvisa retém receitas de Ozempic a partir de segunda-feira

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou uma medida importante para controlar o uso de medicamentos como o Ozempic, muito utilizado no tratamento de diabetes e, mais recentemente, para emagrecimento. A partir da próxima segunda-feira (23), será obrigatória a retenção da receita médica nas farmácias.

Segundo a Anvisa, a decisão tem como objetivo evitar o uso indiscriminado desses medicamentos, que podem trazer riscos à saúde se não forem utilizados corretamente. A retenção da receita significa que o documento ficará retido na farmácia após a compra, impedindo que o mesmo paciente compre o remédio várias vezes com a mesma prescrição.

Por que o Ozempic está no foco?

O Ozempic, cujo princípio ativo é a semaglutida, foi originalmente desenvolvido para tratar diabetes tipo 2. No entanto, ganhou popularidade por seu efeito colateral de promover a perda de peso. Isso levou a um aumento significativo na procura, muitas vezes sem acompanhamento médico adequado.

"A semaglutida é um medicamento que exige monitoramento constante. Seu uso sem orientação pode causar efeitos adversos graves, como problemas gastrointestinais e até pancreatite", alerta a Anvisa.

Como ficam as farmácias?

As farmácias terão que se adaptar às novas regras, que incluem:

  • Armazenar as receitas retidas por pelo menos 5 anos
  • Manter um registro detalhado das vendas
  • Fiscalizar possíveis tentativas de fraude

A medida já era aplicada a outros medicamentos controlados, como os ansiolíticos, e agora se estende aos remédios à base de semaglutida.

Impacto para os pacientes

Pacientes que usam esses medicamentos de forma legítima não precisam se preocupar, mas devem ficar atentos:

  1. A receita terá validade específica (geralmente 30 dias)
  2. Será necessário consultar o médico para novas prescrições
  3. O estoque nas farmácias pode ficar mais controlado

A Anvisa reforça que a medida é preventiva e visa proteger a saúde pública, evitando a automedicação e o uso inadequado de substâncias que exigem acompanhamento profissional.