Não é todo dia que alguém tem a coragem de abrir o jogo sobre os próprios demônios. Helen Ganzarolli, ou simplesmente Heleninha, como é carinhosamente conhecida, decidiu virar a mesa e contar como enfrentou — e ainda enfrenta — o transtorno bipolar e o alcoolismo. E olha, não foi nada fácil.
Quem acompanha a apresentadora sabe que ela sempre foi uma figura vibrante na TV, mas por trás das câmeras, a realidade era bem diferente. "Eu vivia no extremo do extremo", confessa ela, com uma honestidade que corta como faca. De um lado, a euforia incontrolável; do outro, um abismo sem fim. E no meio disso tudo, o álcool como falso aliado.
O diagnóstico que mudou tudo
Foi só depois dos 40 anos que Heleninha finalmente entendeu o que se passava. O transtorno bipolar, muitas vezes confundido com "mau humor" ou "instabilidade emocional", é uma doença séria — e ela aprendeu isso da pior maneira possível. "Parecia que eu tinha várias personalidades", relembra, "mas na verdade era só uma mente que não sabia mais como funcionar".
E o pior? O álcool, que parecia aliviar os sintomas, só jogava gasolina no fogo. "Eu bebia para me acalmar, mas no dia seguinte a crise era ainda pior". Um ciclo vicioso que quase a destruiu.
As ferramentas para recomeçar
Mas Heleninha não é do tipo que desiste fácil. Com tratamento adequado — terapia, medicamentos e muito apoio —, ela começou a reconstruir a própria vida. E o mais incrível? Decidiu usar sua experiência para ajudar outros.
- Autoconhecimento: "Aprender a reconhecer os sinais foi fundamental", diz ela.
- Rede de apoio: "Ninguém sai sozinho dessa. Família e amigos fazem toda a diferença".
- Profissionalismo: "Continuar trabalhando me deu um propósito, mesmo nos dias difíceis".
E o que ela diria para quem está passando por algo parecido? "Respira. Procura ajuda. E não se culpe — isso é doença, não fraqueza". Palavras de quem sabe o que diz.
Hoje, mais equilibrada, Heleninha virou exemplo de superação. Sua história prova que, mesmo quando a mente prega peças, é possível encontrar o próprio caminho. E o melhor? Sem vergonha de contar como foi.
