
O ator Fúlvio Stefanini usou o palco para transformar dor em acolhimento. Em entrevista, ele destacou a importância da peça "Por Onde Anda Meu Pai?", que retrata sua jornada ao lado do pai diagnosticado com Alzheimer.
"A arte tem esse poder terapêutico", afirmou Stefanini. "Recebo mensagens de pessoas que se identificaram e encontraram conforto. Muitas dizem: 'Finalmente me senti compreendida'".
Arte como apoio emocional
A montagem, que mistura drama e humor, aborda os desafios diários da doença:
- Perda progressiva de memória
- Dificuldade de reconhecimento
- Desgaste emocional dos cuidadores
"Não é só sobre o paciente. Mostro o cansaço, a culpa, o luto antecipado que familiares enfrentam", explicou o ator.
Dados alarmantes no Brasil
Segundo a Associação Brasileira de Alzheimer:
- 1,2 milhão de brasileiros vivem com a doença
- Casos devem dobrar até 2050
- Apenas 20% recebem diagnóstico precoce
Stefanini reforça: "Precisamos falar sobre envelhecimento e saúde mental sem tabus. A peça é minha contribuição".