Celular antes dos 13 anos? Estudo revela risco alarmante para saúde mental das crianças
Celular antes dos 13 anos aumenta risco de depressão em crianças

Imagine uma geração que já nasce com o dedinho deslizando na tela antes mesmo de aprender a amarrar o cadarço. Pois é, mas o que parecia apenas mais um capítulo da evolução tecnológica pode estar custando caro à saúde emocional dos pequenos.

Um estudo recente — daqueles que dão frio na espinha — mostrou que crianças que ganham celular antes dos 13 anos têm 72% mais chances de desenvolver sintomas depressivos. Não é exagero: estamos falando de quadros que variam desde aquela tristeza sem fim até pensamentos sombrios que não combinam com infância.

Os números que assustam

A pesquisa, que acompanhou 2.500 adolescentes por cinco anos, revelou:

  • Autoestima lá embaixo: 68% relataram se sentir "insuficientes" após uso prolongado
  • Noites em claro: 54% dormiam menos de 6 horas por causa das redes sociais
  • Comparação tóxica: 8 em cada 10 se sentiam piores após ver perfis de influencers

E olha que curioso: os piores índices apareceram justamente na faixa dos 11 aos 13 anos — fase em que o cérebro está mais maleável que massinha de modelar.

O que dizem os especialistas

"É como dar whisky para um recém-nascido", compara a psicóloga Dra. Fernanda Castro, que participou do estudo. Segundo ela, os aplicativos são projetados para viciar — e cérebros em formação pagam o preço mais alto.

Mas calma, não é preciso jogar o smartphone pela janela. A chave, dizem os pesquisadores, está no como e no quando:

  1. Adiar ao máximo a posse do próprio aparelho
  2. Estabelecer zonas livres de tecnologia (como a mesa de jantar)
  3. Ensinar o "detox digital" desde cedo

Ah, e aquela história de "todo mundo tem"? Pura ilusão. A pesquisa mostrou que 40% dos pais mentem sobre a idade em que liberaram o celular — sinal de que a pressão social pesa mais que a consciência.

No fim das contas, talvez a melhor herança que podemos deixar não seja o último modelo de iPhone, mas infâncias com menos likes e mais abraços. Difícil? Sem dúvida. Necessário? Mais do que nunca.