
Um levantamento recente traz à tona um retrato preocupante sobre a saúde mental dos moradores de Campinas. A cada hora que passa, 22 pessoas retiram medicamentos para tratamento de condições psicológicas e psiquiátricas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na cidade.
Os Números que Preocupam
Os dados, coletados entre janeiro e setembro de 2025, mostram que a procura por medicamentos controlados e antidepressivos mantém um ritmo constante e elevado. Especialistas em saúde mental alertam que esses números representam apenas a ponta do iceberg, já que muitas pessoas ainda não buscam ajuda profissional.
"Estamos diante de um fenômeno que reflete o aumento global dos transtornos mentais", explica a psicóloga Dra. Mariana Silva, que atende na rede pública. "A pandemia acelerou esse processo, mas fatores como estresse crônico, pressão social e econômica também contribuem significativamente".
Perfil dos Pacientes e Medicamentos Mais Procurados
Entre os medicamentos mais retirados nas unidades de saúde de Campinas estão:
- Antidepressivos
- Ansiolíticos
- Estabilizadores de humor
- Antipsicóticos
O perfil dos pacientes varia amplamente, desde jovens enfrentando crises de ansiedade até adultos com depressão crônica e idosos com transtornos neurodegenerativos. A Secretaria Municipal de Saúde destaca que o atendimento é feito de forma integral, incluindo acompanhamento psicológico e psiquiátrico.
Desafios no Atendimento e Futuro do Tratamento
Apesar dos esforços, profissionais de saúde enfrentam desafios significativos. "A demanda supera nossa capacidade de atendimento em alguns momentos", relata um psiquiatra que preferiu não se identificar. "Precisamos investir mais em prevenção e em tratamentos alternativos, não apenas na medicação".
A prefeitura anunciou que está estudando a ampliação de programas de saúde mental nas unidades básicas e a criação de novos centros de referência. Enquanto isso, especialistas reforçam a importância de combinar medicação com terapia e hábitos saudáveis para resultados duradouros.