Cubatão promove ação especial para incentivar amamentação e fortalecer vínculos familiares
Cubatão promove ação para incentivar amamentação

Numa manhã que misturava sol e um vento fresco vindo da Serra do Mar, Cubatão virou palco de uma iniciativa que emocionou até quem passava por acaso. A Praça dos Três Poderes — normalmente ocupada pelo vai e vem de trabalhadores — transformou-se num espaço de troca de experiências, onde o assunto era um só: o poder do leite materno.

"A gente fala tanto em sustentabilidade, mas esquece que o primeiro alimento sustentável do mundo tá aqui", brincou uma das enfermeiras, apontando para o próprio peito. E não era exagero. O evento, organizado pela prefeitura em parceria com o Banco de Leite Humano, mostrou na prática como um gesto tão natural pode fazer diferença gigante na vida das crianças.

Mais que nutrição: vínculo

Quem pensa que amamentar serve só pra matar a fome do bebê tá muito enganado. As palestras — cheias de histórias reais — deixaram claro que esse momento cria laços que duram a vida toda. "É como se fosse um Wi-Fi biológico", comparou uma psicóloga, gerando risos na plateia. "Só que a conexão é de verdade e não cai quando chove."

Dados apresentados no local assustam: em Cubatão, quase 40% das mães abandonam a amamentação exclusiva antes dos 6 meses recomendados. Motivos? Desde falta de informação até dificuldades práticas do dia a dia. Por isso, o evento foi além da teoria:

  • Posto de coleta de leite humano montado na hora
  • Rodas de conversa com mães experientes
  • Demonstrações de posições corretas para amamentar
  • Distribuição de kits com itens essenciais

"Eu quase desisti"

A história da dona Maria, 32 anos, emocionou a todos. Com um bebê prematuro, ela contou como achou que não teria leite suficiente. "Foi uma doadora anônima que salvou meu Pedro", disse, com os olhos cheios d'água. Casos como o dela mostram por que os bancos de leite são vitais — e por que ações como essa fazem tanta diferença.

No final do dia, o balanço foi positivo: dezenas de mulheres cadastradas como novas doadoras e, o mais importante, muita gente saindo dali com uma visão diferente sobre esse ato de amor que é amamentar. Afinal, como dizia um dos cartazes espalhados pela praça: "Leite materno não é só comida — é cuidado, proteção e futuro".