
A vida da pequena Maria Clara durou apenas 48 horas. Tempo suficiente para marcar para sempre a família Silva, que agora enfrenta o luto e uma batalha por respostas. O caso aconteceu no último fim de semana em Aracaju, e tá deixando todo mundo de cabelo em pé.
Segundo os pais — ainda em choque —, tudo começou com um parto aparentemente normal no Hospital Municipal. Mas aí a coisa degringolou. "Eles demoraram uma eternidade pra perceber que algo tava errado", desabafa o pai, João Silva, com a voz embargada. "Quando acordei no dia seguinte, minha filha já estava geladinha..."
O que deu errado?
Pelas contas da família (e de alguns enfermeiros que preferiram não se identificar), vários sinais de alerta foram ignorados:
- Choro fraco da bebê desde o nascimento
- Dificuldade respiratória evidente
- Demora de mais de 6 horas para o primeiro exame pediátrico
"É pra cair o cu da bunda", dispara a avó materna. "Num hospital que se diz referência, deixam uma criança morrer por pura falta de atenção."
O outro lado
Procurada, a direção do hospital emitiu uma nota meia-boca — daquelas que mais irritam do que explicam. Dizem que "todos os protocolos foram seguidos" e que vão "apurar internamente". Só esqueceram de mencionar por que a equipe médica sumiu quando a família mais precisava.
Enquanto isso, no Ministério Público, já rola um inquérito pra apurar possível negligência. Mas todo mundo sabe como essas coisas são: devagar, devagarinho... Enquanto a burocracia anda, a dor da família Silva só aumenta.
O caso tá virando um símbolo dos problemas da saúde pública em Sergipe. Nas redes sociais, a hashtag #JustiçaParaMariaClara já tá bombando. Resta saber se vai ser mais um caso que cai no esquecimento — ou se, dessa vez, alguém vai ser responsabilizado.