
O Sistema Único de Saúde (SUS) acaba de incluir duas novas opções no tratamento da endometriose: o DIU hormonal e o desogestrel. A medida visa oferecer alternativas mais eficazes para as mulheres que sofrem com a doença, que afeta cerca de 10% da população feminina em idade reprodutiva.
A endometriose é uma condição crônica em que o tecido que reveste o útero cresce fora dele, causando dor intensa, inflamação e, em alguns casos, infertilidade. Até então, o SUS oferecia principalmente anticoncepcionais orais e analgésicos para o controle dos sintomas.
Novas opções de tratamento
Com a inclusão do DIU hormonal e do desogestrel, as pacientes terão acesso a métodos com maior eficácia comprovada:
- DIU hormonal: libera pequenas doses de progesterona diretamente no útero, reduzindo a dor e o crescimento do tecido endometrial fora do órgão.
- Desogestrel: um progestagênio que inibe o crescimento do endométrio, diminuindo a inflamação e os sintomas da doença.
Essas opções são especialmente importantes para mulheres que não respondem bem aos tratamentos convencionais ou que apresentam efeitos colaterais significativos com os medicamentos atuais.
Impacto na qualidade de vida
A endometriose pode ser uma doença debilitante, afetando não apenas a saúde física, mas também a mental e a produtividade das mulheres. Com o acesso a tratamentos mais eficazes pelo SUS, espera-se uma melhora significativa na qualidade de vida das pacientes.
"Essa é uma vitória para todas as mulheres que lutam diariamente contra os sintomas da endometriose", afirma a ginecologista Dra. Ana Paula Ferreira. "Ter opções mais eficientes disponíveis no sistema público é um avanço importante no cuidado com a saúde feminina."
As novas opções de tratamento já estão disponíveis em unidades de saúde de todo o país. Mulheres com diagnóstico de endometriose devem procurar seu ginecologista para avaliar qual método é mais indicado para seu caso.