
Um estudo realizado pela Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto trouxe uma descoberta surpreendente: a massa muscular pode ter um papel fundamental no tratamento do câncer de mama. A pesquisa, publicada recentemente, revela que pacientes com maior massa muscular tendem a responder melhor aos tratamentos, abrindo novas perspectivas para a medicina oncológica.
Como a massa muscular influencia no tratamento?
De acordo com os pesquisadores, a composição corporal do paciente pode afetar diretamente a metabolização dos medicamentos e a tolerância aos efeitos colaterais. Pacientes com mais massa muscular apresentaram menor toxicidade e maior eficácia terapêutica.
Os principais achados do estudo:
- Pacientes com maior massa muscular tiveram menos interrupções no tratamento
- Redução significativa de efeitos colaterais graves
- Melhor resposta tumoral à quimioterapia
- Maior taxa de sobrevida global
Implicações para o futuro do tratamento
Essa descoberta pode levar a uma personalização ainda maior dos tratamentos contra o câncer de mama. Os médicos poderão considerar a composição corporal como fator decisivo na escolha da terapia mais adequada para cada paciente.
"Esses resultados sugerem que intervenções nutricionais e de exercício físico podem se tornar parte integrante do tratamento oncológico", explica um dos pesquisadores envolvidos no estudo.
Próximos passos da pesquisa
A equipe da USP já planeja novos estudos para investigar:
- O papel específico de diferentes grupos musculares
- Como programas de exercícios podem potencializar os resultados
- A relação entre massa muscular e diferentes tipos de câncer de mama
Essa pesquisa reforça a importância de uma abordagem multidisciplinar no combate ao câncer, integrando oncologia, nutrição e atividade física.