Dormir demais pode ser perigoso? Estudo revela riscos surpreendentes do excesso de sono
Estudo: dormir demais aumenta risco de mortalidade

Você já acordou depois de uma noite de sono prolongado se sentindo mais cansado do que antes de dormir? Pois é, parece que o ditado "quanto mais, melhor" não se aplica quando o assunto é sono. Um estudo recente sacudiu as bases do que pensávamos saber sobre repouso noturno.

Quando o descanso vira ameaça

Pesquisadores descobriram algo que vai fazer você pensar duas vezes antes de apertar o botão soneca pela quinta vez: dormir regularmente mais de nove horas por noite pode aumentar significativamente o risco de mortalidade. Sim, você leu direito - o excesso de sono pode ser tão prejudicial quanto a falta dele.

O estudo, que analisou dados de milhares de participantes ao longo de anos, mostrou uma curva em forma de U quando se trata da relação entre duração do sono e saúde. O ponto ideal? Entre sete e oito horas para adultos. Menos que isso, problemas. Mais que isso... bem, problemas também.

Por que dormir demais faz mal?

Aqui está o pulo do gato que os cientistas estão tentando entender:

  • Inflamação crônica: O corpo em repouso prolongado parece produzir mais marcadores inflamatórios
  • Redução da atividade física: Obviamente, quem dorme mais se move menos durante o dia
  • Problemas circulatórios: O fluxo sanguíneo diminui consideravelmente durante longos períodos de inatividade

Mas calma, não é tão simples quanto parece. "A relação pode ser bidirecional", explica um dos pesquisadores. Ou seja: o excesso de sono pode causar problemas de saúde, mas também pode ser sinal de que algo já não vai bem no organismo.

O paradoxo do sono

Eis uma ironia digna de roteiro de filme: enquanto metade da população sofre com noites mal dormidas, a outra metade pode estar literalmente dormindo demais para o próprio bem. O estudo mostrou que pessoas que dormem consistentemente mais de nove horas têm:

  1. 30% mais risco de mortalidade prematura
  2. Maior incidência de doenças cardiovasculares
  3. Taxas mais altas de problemas metabólicos

Mas antes que você jogue seu travesseiro pela janela, é bom lembrar que estamos falando de padrões consistentes, não daquela dormida de fim de semana para recuperar o sono perdido.

Qualidade vs quantidade

Os pesquisadores são enfáticos: não adianta dormir muito se o sono for de má qualidade. Um sono de sete horas reparador vale muito mais do que nove horas cheias de interrupções e agitação. A tecnologia moderna - com suas telas azuis e notificações constantes - pode estar nos roubando justamente a parte mais valiosa do descanso.

"É como comer um bolo inteiro de uma só vez versus saborear uma fatia com atenção", compara um especialista em medicina do sono. A analogia pode parecer estranha, mas faz todo sentido quando você pensa que tanto a nutrição quanto o sono seguem a regra do equilíbrio.

No final das contas, a mensagem é clara: nem pouco, nem demais. O segredo está no meio-termo - como quase tudo na vida. E se você está se perguntando se deveria se preocupar com aquelas noites ocasionais de sono prolongado, a resposta provavelmente é não. O problema mesmo está nos hábitos crônicos.