
O Bioparque do Rio de Janeiro acaba de confirmar um caso que deixou muitos de cabelo em pé: nove galinhas-d'angola morreram após contraírem a temida gripe aviária. A notícia, que veio à tona nesta quarta-feira (24), acendeu o sinal de alerta entre os especialistas em saúde animal.
Segundo fontes do parque, as aves começaram a apresentar sintomas estranhos na semana passada — falta de apetite, penas arrepiadas e uma letargia que não passava despercebida. "A gente sabia que tinha algo errado", confessou um tratador que preferiu não se identificar. "Elas são normalmente agitadas, mas ficaram apáticas do dia para a noite."
O que aconteceu?
O laboratório oficial do Ministério da Agricultura não deixou dúvidas: o vírus H5N1, o mesmo que tem causado estragos mundo afora, foi o responsável. As galinhas-d'angola, espécie africana que se adaptou bem ao clima carioca, não resistiram à infecção.
E agora? O Bioparque — que já tinha protocolos rígidos — apertou ainda mais as medidas:
- Isolamento total da área onde as aves estavam
- Desinfecção reforçada de todos os recintos
- Monitoramento 24 horas dos outros animais
- Proibição temporária de visitação em algumas áreas
"É um baque, mas estamos preparados", garantiu a diretora técnica do parque, Dra. Fernanda Lopes. "Desde o primeiro sinal, acionamos todos os protocolos. A situação está sob controle."
E os humanos?
Calma, não é pra entrar em pânico. A transmissão para pessoas é rara — mas não impossível. Os funcionários que tiveram contato com as aves estão sendo monitorados de perto. Até agora, nenhum apresentou sintomas.
Mas olha só o detalhe: o Rio não está sozinho nessa. Só este ano, mais de 20 focos foram registrados no Brasil. A diferença? Desta vez, o vírus pegou um parque que é referência nacional em conservação.
Especialistas ouvidos pela reportagem foram unânimes: o caso serve de alerta. "A gripe aviária é como um incêndio florestal", comparou o virologista Carlos Mendes. "Um foco pequeno, se negligenciado, pode virar um inferno."
Enquanto isso, os visitantes do Bioparque seguem apreensivos. "Vim ver os leões e acabo sabendo disso", reclamou a aposentada Marta Silva, 68. "Mas pelo menos estão sendo transparentes."