
O Brasil deu início nesta quinta-feira (22 de maio) a uma corrida contra o tempo para se livrar da gripe aviária. O país tem agora 28 dias para comprovar a erradicação do vírus H5N1 e recuperar seu status internacional de zona livre da doença.
O que está em jogo
A confirmação de novos casos neste período pode prolongar as restrições comerciais que afetam o setor avícola brasileiro, um dos maiores exportadores mundiais. A última detecção do vírus em aves silvestres ocorreu no final de abril.
Medidas de controle
As autoridades sanitárias intensificaram as ações em três frentes:
- Monitoramento rigoroso em áreas de risco
- Controle de movimentação de aves
- Campanhas de educação sanitária para produtores
Segundo especialistas, o clima mais seco deste período favorece o controle da doença, que se espalha mais facilmente em ambientes úmidos.
Impacto econômico
A indústria avícola brasileira movimenta bilhões de dólares anualmente. Mesmo sem casos em granjas comerciais, as detecções em aves silvestres já causaram:
- Cancelamento de contratos de exportação
- Aumento nos custos de produção
- Queda nos preços no mercado interno
O Ministério da Agricultura afirma que está trabalhando em estreita colaboração com produtores e órgãos internacionais para acelerar o processo de reconhecimento da situação sanitária.
Próximos passos
Se nenhum novo caso for detectado até 19 de junho, o Brasil poderá solicitar à Organização Mundial de Saúde Animal (WOAH) o restabelecimento pleno de seu status sanitário. Enquanto isso, os consumidores podem ficar tranquilos - o vírus não é transmitido pelo consumo de carne ou ovos cozidos adequadamente.