Tocantins em alerta: dois casos de sarampo confirmados em profissional de saúde e criança não vacinada
Tocantins confirma dois casos de sarampo em não vacinados

O Tocantins acaba de acender um sinal vermelho no radar da saúde pública. Dois novos casos de sarampo foram confirmados nesta segunda-feira (22), segundo boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde. E o detalhe que preocupa: nenhum dos dois pacientes tinha recebido a vacina que poderia ter evitado o problema.

Um dos casos atingiu justamente quem deveria estar mais protegido — um profissional da área da saúde. O outro, uma criança de apenas 4 anos, que ainda não tinha completado o esquema vacinal. "É como ver um guarda-chuva fechado durante uma tempestade", comenta um especialista local, que prefere não se identificar.

O que sabemos até agora:

  • Os dois casos foram confirmados por exames laboratoriais
  • As equipes de vigilância epidemiológica já iniciaram o rastreamento de contatos
  • Ambos os pacientes estão em isolamento domiciliar

Curiosamente — ou deveríamos dizer preocupantemente? — o estado não registrava casos autóctones (ou seja, contraídos localmente) de sarampo desde 2019. A doença, que chegou a ser considerada eliminada das Américas em 2016, vem mostrando suas garras novamente.

E agora? A secretaria já está de pé de guerra, reforçando a importância da vacinação. Para quem não sabe, a tríplice viral (que protege contra sarampo, caxumba e rubéola) está disponível gratuitamente no SUS para crianças a partir de 12 meses e adultos até 59 anos.

Números que assustam:

Só em 2025, o Brasil já registrou mais de 200 casos confirmados da doença. Um aumento de quase 300% em relação ao mesmo período do ano passado. E olha que nem estamos no período tradicional de surto, que costuma ser entre o final do inverno e início da primavera.

Enquanto isso, nos postos de saúde, a corrida pelas vacinas ainda está longe do ideal. Muitos pais, influenciados por notícias falsas que circulam nas redes sociais, continuam adiando a imunização dos filhos. "É uma guerra contra a desinformação", suspira uma enfermeira que trabalha na linha de frente.