Castanhal em alerta: casos de sarna disparam e autoridades orientam como se proteger
Castanhal em alerta com surto de sarna; saiba se proteger

Não é brincadeira. Quem mora em Castanhal, no nordeste do Pará, tá sentindo na pele – literalmente – um problema que parecia coisa do passado. A sarna, aquela velha conhecida incômoda, voltou com força total na região. E olha que não é exagero: os postos de saúde tão lotados de gente coçando até dizer chega.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, os casos aumentaram quase 40% só nos últimos dois meses. "A gente tá vendo famílias inteiras chegando aqui com os mesmos sintomas", conta uma enfermeira que prefere não se identificar – afinal, ninguém quer ser conhecido como "a cidade da coceira".

Como essa praga volta a assombrar?

Pois é, você deve tá se perguntando: num mundo de vacina de mRNA e inteligência artificial, como é que um bichinho microscópico tá dando esse trabalho todo? A resposta é mais simples (e nojenta) do que parece:

  • Aglomeração em transporte público – aquele ônibus abarrotado é terreno fértil
  • Compartilhamento de roupas de cama e toalhas (sim, muita gente ainda faz isso)
  • Falta de informação sobre os cuidados básicos

E não adianta achar que é só coceirinha besta. A dermatologista Dra. Ana Cláudia explica: "Quando não tratada, a escabiose pode levar a infecções secundárias graves". Traduzindo: pode virar uma baita dor de cabeça (e de pele).

Manual de sobrevivência urbana

Se você mora na região ou vai passar por lá, anota essas dicas que são ouro:

  1. Lave roupas pessoais e de cama com água quente – no mínimo 50°C
  2. Evite contato prolongado pele a pele com pessoas infectadas
  3. Não compartilhe toalhas, roupas ou itens pessoais (nem com aquele primo querido)
  4. Se aparecer aquela coceira que piora à noite, procure um posto de saúde imediatamente

Ah, e atenção: tem gente usando receitas caseiras que só pioram a situação. "Já atendemos pacientes que passaram gasolina, álcool, até veneno de rato!", alerta a enfermeira, quase perdendo a paciência. O tratamento correto? Pomadas específicas prescritas por médicos – simples assim.

Enquanto isso, a prefeitura promete intensificar as ações de conscientização. Mas, entre nós, a melhor defesa ainda é a boa e velha higiene. Como dizia minha avó: "Contra bicho esperto, água e sabão na certa".