Um retrato surpreendente da vida familiar na região de Feira de Santana acaba de ser revelado pelos dados mais recentes do IBGE. A pesquisa mostra que mais da metade da população feirense vive sem um companheiro ou companheira, enquanto Santo Antônio de Jesus surge como o município mais "casamenteiro" da área.
Os números que impressionam
Em Feira de Santana, 55,7% das pessoas com 18 anos ou mais declararam não ter um cônjuge ou parceiro fixo. Esse percentual coloca o município em uma posição destacada quando o assunto é população solteira na região.
Os dados fazem parte do Censo 2022 e revelam tendências importantes sobre a composição familiar nos principais municípios baianos. A pesquisa considerou tanto pessoas solteiras quanto divorciadas, viúvas ou que simplesmente não possuem uma união estável.
Santo Antônio de Jesus: o campeão dos casamentos
Enquanto Feira de Santana lidera no grupo dos solteiros, Santo Antônio de Jesus apresenta o cenário completamente oposto. O município registrou o menor percentual de pessoas sem companheiro, apenas 45,8%, consolidando-se como a cidade mais "casamenteira" da região.
Essa diferença de quase 10 pontos percentuais entre os dois municípios vizinhos chama a atenção de especialistas e revela como padrões culturais e sociais podem variar significativamente mesmo em localidades geograficamente próximas.
O perfil por gênero
Os dados do IBGE também permitem analisar como essa situação se distribui entre homens e mulheres:
- Mulheres em Feira de Santana: 53,6% vivem sem companheiro
- Homens em Feira de Santana: 58% não possuem uma união estável
Esses números mostram que, embora a diferença não seja muito expressiva, os homens estão ligeiramente mais representados no grupo dos solteiros na principal cidade da região.
O que esses números significam?
Especialistas em demografia apontam que esses dados refletem mudanças significativas no comportamento social e nas estruturas familiares nas últimas décadas. O aumento da população solteira pode estar relacionado a diversos fatores:
- Maior independência financeira, especialmente das mulheres
- Mudanças nos valores sociais sobre casamento e união estável
- Crescimento da urbanização e novos estilos de vida
- Diferentes prioridades entre as gerações mais jovens
Essa transformação no perfil familiar tem implicações importantes para políticas públicas, planejamento urbano e até mesmo para o mercado consumidor local, que precisa se adaptar a essa nova realidade demográfica.
Os dados do IBGE continuam sendo analisados, mas já deixam claro: quando o assunto é vida a dois, Feira de Santana e Santo Antônio de Jesus representam dois extremos fascinantes na mesma região baiana.