O Rio Grande do Norte está passando por uma significativa transformação no perfil de suas famílias. Dados recentes do IBGE revelam que os lares compostos por apenas duas pessoas se tornaram a configuração familiar mais comum no estado, marcando uma mudança importante nos padrões demográficos potiguares.
Nova Realidade Demográfica
De acordo com o levantamento estatístico, os domicílios com duas pessoas representam agora 27,8% do total no estado, superando pela primeira vez na história as tradicionais famílias maiores que sempre caracterizaram a região.
Esta tendência reflete mudanças profundas na sociedade potiguar, incluindo:
- Redução no tamanho médio das famílias
- Aumento de casais sem filhos
- Crescimento de moradias unipessoais
- Mudanças nos padrões de formação familiar
Comparação com Anos Anteriores
Os números mostram uma evolução consistente nesta direção. Enquanto famílias de duas pessoas ocupam a liderança, os arranjos com quatro ou mais integrantes, que antes dominavam o cenário, agora representam apenas 23,7% dos domicílios.
Os dados do IBGE destacam que:
- Famílias de 3 pessoas: 21,3%
- Famílias de 1 pessoa: 18,7%
- Famílias de 4 pessoas: 15,8%
- Famílias de 5 ou mais: 7,9%
Impactos na Sociedade Potiguar
Esta mudança demográfica traz implicações importantes para o planejamento público e políticas sociais no Rio Grande do Norte. O perfil de consumo, a demanda por habitação e as necessidades de serviços públicos precisarão ser reavaliados à luz desta nova realidade.
Especialistas apontam que fatores como urbanização, inserção da mulher no mercado de trabalho, custo de vida e mudanças culturais contribuíram para esta transformação no panorama familiar potiguar.
O fenmeno não é isolado do RN, mas acompanha tendências nacionais, ainda que com características próprias do estado nordestino, que tradicionalmente mantinha famílias maiores.