Preta Gil enfrenta corajosamente o câncer, mas não resiste: uma perda irreparável para a cultura brasileira
Preta Gil morre após longa batalha contra o câncer

O Brasil perdeu hoje um de seus maiores ícones culturais. Preta Gil, aquela que iluminou palcos com sua voz poderosa e personalidade contagiante, partiu após uma batalha intensa contra o câncer. Tinha apenas 48 anos.

Filha do eterno Gilberto Gil, ela herdou não apenas o talento musical, mas também a coragem de enfrentar os desafios da vida de cabeça erguida. Desde o diagnóstico em 2021, nunca escondeu sua luta - transformou cada etapa em mensagem de esperança para milhares de brasileiros.

Uma guerreira até o fim

Quem acompanhava Preta nas redes sociais via muito mais que uma celebridade. Via uma mulher real, cheia de altos e baixos, que ria e chorava com a mesma intensidade. "A vida me deu limões, mas eu prefero caipirinha", brincou certa vez, mostrando seu jeito único de encarar as adversidades.

Nos últimos meses, as internações se tornaram mais frequentes. Mesmo assim, quando possível, ela aparecia para tranquilizar os fãs. "Tô aqui, firme e forte", dizia, com aquela voz rouca que tanto amamos.

Legado que permanece

Além da música, Preta deixa um rastro de ativismo - pela causa LGBTQIAP+, pelos direitos das mulheres, pela conscientização sobre o câncer. Sua última aparição pública foi emocionante: debilitada, mas sorridente, no show do pai em junho.

O velório acontecerá no Rio de Janeiro, cidade que adotou como sua. Os detalhes ainda serão divulgados pela família, que pede privacidade neste momento de dor.

O que dizer diante de uma perda dessas? Talvez apenas: obrigada, Preta. Por ter sido tão autêntica, por ter cantado tão bem, por ter vivido tão intensamente. O palco da vida ficou mais vazio hoje.