Rio Flexibiliza Regras: Entregadores Podem Acessar Condomínios sem Restrições
Rio libera entrada de entregadores em condomínios

Parece que finalmente a corda arrebentou do lado certo para os entregadores do Rio. A prefeitura acabou de dar um chega pra lá nas regras que transformavam a simples tarefa de entregar um lanche numa verdadeira maratona de obstáculos.

O novo decreto, assinado pelo prefeito Eduardo Paes, basicamente manda aquela história de "deixe na portaria" para o espaço. Agora, os trabalhadores de apps têm direito garantido de acessar as áreas comuns dos prédios — e isso inclui subir de elevador, sim senhor!

O que muda na prática?

Antes era aquela confusão: cada condomínio com sua regrinha, síndico inventando moda, entregador perdendo tempo — e o cliente lá em cima, com fome e paciença esgotando. Agora a coisa ficou preto no branco:

  • Nada mais de deixar encomenda na portaria contra a vontade do cliente
  • Liberdade total para usar elevadores sociais
  • Acesso às áreas comuns necessárias para chegar ao apartamento
  • Fim do "você espera aí que o morador desce"

E olha, não é só sobre comida não. A medida vale para entregas em geral — desde aquela encomenda do Mercado Livre até remédio da farmácia. Quem ganha? Todo mundo, na minha opinião.

Do discurso à realidade

O prefeito foi direto ao ponto ao anunciar a mudança. "É uma questão de dignidade", disparou Paes, deixando claro que a medida vai muito além de simplesmente agilizar entregas. É sobre reconhecer o trabalho desses profissionais que viraram essenciais na rotina da cidade.

Mas vamos combinar que tinha hora que era um absurdo. O cara atravessava a cidade no trânsito, enfrentava chuva, e na hora H não podia nem subir para bater na porta do cliente. Parecia aqueles testes de resistência — só faltava escalar o prédio pela fachada.

E os síndicos? Bom, agora vão ter que se adaptar. A prefeitura já avisou que a regulamentação é clara: impedir o acesso pode render multa. E não é pouca coisa não — pode chegar a R$ 10 mil, valor que dá uma bela dor de cabeça no orçamento condominial.

Na ponta do lápis

Pensa na dimensão disso. Só no Rio, são mais de 100 mil entregadores rodando pelas ruas — muitos dependendo exclusivamente desse trabalho para sobreviver. Cada minuto economizado representa mais corridas, mais renda no final do mês.

E para quem mora em prédio alto? Era um suplício. Lembro de uma vez que esperei quase meia hora por um suco — o entregador preso na portaria, eu no 15º andar. Agora acaba esse teatro.

Claro que sempre tem o chato que vai reclamar. "Ah, mas e a segurança?" Bom, o decreto não tira a possibilidade de identificação na entrada — só garante que, uma vez identificado, o profissional possa fazer seu trabalho direito.

No fim das contas, é uma daquelas mudanças que a gente olha e pensa: "como não fizeram isso antes?" Simples, prática e — pasmem — trata as pessoas como gente, não como obstáculos.

Agora é torcer para pegar. Porque no papel é lindo, mas sabemos que entre a teoria e a prática... bem, sempre tem um síndico teimoso no caminho.