
Parece que Belém vai enfrentar um desafio digno de Hércules quando a COP30 chegar à cidade. O Ministério Público Federal soltou um grito de alerta que ecoa pelos corredores da saúde pública: o sistema pode simplesmente não aguentar o tranco.
Não é exagero. A situação já está no limite, e aí jogamos na equação dezenas de milhares de visitantes internacionais? A receita parece certa para o caos.
O aviso veio em forma de ofício
O MPF não ficou de conversinha mole. Mandou um ofício direto para o governo do Pará e a prefeitura de Belém, com cópia para o Ministério da Saúde. A linguagem é urgente, quase desesperada. Eles temem, e com razão, que a infraestrutura médica local possa simplesmente ruir sob a pressão.
Imagine só: hospitais superlotados, falta de medicamentos básicos, profissionais de saúde sobrecarregados até a alma. Agora adicione a isso turistas do mundo inteiro precisando de atendimento. A conta não fecha, nem com muita boa vontade.
Os números que assustam
- Belém tem apenas 1,3 leitos hospitalares para cada mil habitantes
- O ideal seria pelo menos o dobro disso
- Fila única pra tudo: consultas, exames, internações
- Falta de tudo, desde analgésicos simples até medicamentos de alto custo
E olha que isso é no dia a dia normal. Quando a COP30 chegar, a população da cidade praticamente vai inflar da noite pro dia. É como tentar encher um balde já transbordando.
O que precisa ser feito, e rápido
O MPF não só apontou o problema, mas deu o caminho das pedras. Eles querem um plano de contingência detalhado, com cronograma realista e orçamento definido. E tem que ser para ontem!
- Ampliação emergencial de leitos - não tem jeito, precisa criar mais vagas
- Contratação de profissionais - médicos, enfermeiros, todo mundo
- Estoque estratégico de medicamentos - para não faltar nada
- Plano de atendimento a emergências - porque imprevistos acontecem
O pior cenário? Uma crise sanitária em meio ao maior evento ambiental do planeta. A ironia seria trágica demais.
O timing é tudo
Aqui está o pulo do gato: a COP30 acontece em 2025, mas os preparativos precisam começar agora. Do contrário, será como tentar apagar um incêndio com copo d'água.
O MPF deu prazo até novembro para que o plano de ação seja apresentado. Parece muito tempo? Não é. Na verdade, é o contrário - na velocidade da máquina pública, é um piscar de olhos.
Belém tem a chance de brilhar no palco global, mostrar ao mundo a importância da Amazônia. Mas de que adianta receber as maiores autoridades mundiais se não conseguimos garantir o básico: saúde para todos.
O recado do MPF é claro: ou nos preparamos direito, ou a conta pode sair caro demais. E quem vai pagar, como sempre, é a população.