Fortaleza em Paralisia: Professores da Rede Municipal Cruzam os Braços e Aulas São Suspensas
Professores de Fortaleza param e suspendem aulas municipais

Era para ser mais um dia comum nas escolas municipais de Fortaleza, mas o que se viu nesta terça-feira foi um silêncio diferente — aquele que só acontece quando as salas de aula ficam vazias. Os professores, aqueles profissionais que normalmente estão na linha de frente da educação, resolveram cruzar os braços. E olha, a decisão deles está fazendo barulho.

Segundo o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Fortaleza (Sindifort), a paralisação é geral. Estamos falando de praticamente todos os professores da rede municipal, gente que normalmente estaria ensinando matemática, português, história... Mas hoje, o assunto é outro: a valorização profissional.

O que está por trás dessa mobilização?

Ah, a pergunta que não quer calar. O coração da questão bate no peito dos educadores: eles querem, simplesmente, o que acham que é justo. A categoria está exigindo — e com certa razão, diga-se de passagem — a tão sonhada recomposição salarial. Não é pedir demais, é? Quem trabalha merece receber adequadamente.

Mas tem mais, sempre tem. Eles também estão de olho no plano de carreira. Professores não são máquinas — são profissionais que evoluem, se especializam, crescem. E querem que sua trajetória seja reconhecida de forma concreta, não apenas em discursos bonitos.

E as aulas? Como ficam os estudantes?

Bom, aí é que está. Com os professores parados, as aulas simplesmente não acontecem. Ponto. As escolas municipais de Fortaleza estão com suas atividades totalmente suspensas — e não há previsão de quando a normalidade vai voltar. É como se alguém tivesse apertado o botão de pausa no sistema educacional da cidade.

Imagina só o transtorno para as famílias. Pais que contam com a escola para cuidar dos filhos enquanto trabalham agora precisam se virar nos trinta. E os estudantes? Ficam no limbo, sem a rotina que tanto precisam.

E agora, José?

O Sindifort já marcou uma reunião com a Prefeitura de Fortaleza para esta quarta-feira. Será a hora da verdade, o momento em que as partes vão se encontrar para — quem sabe — encontrar um caminho que beneficie a todos. Ou pelo menos que não prejudique tanto a educação das crianças.

Enquanto isso, nas escolas municipais, o movimento é de portas abertas, mas sem o burburinho característico. Apenas os funcionários administrativos e de apoio continuam trabalhando, mantendo a estrutura funcionando, na esperança de que logo, muito logo, as vozes das crianças e o giz (ou a caneta) dos professores voltem a fazer parte do cenário.

O que vai acontecer? Só o tempo — e talvez a boa vontade de ambas as partes — dirá. Mas uma coisa é certa: quando os professores param, a cidade sente. E Fortaleza está sentindo na pele — ou melhor, na sala de aula vazia — o peso dessa paralisação.