
Não é todo dia que uma cidade do interior paulista vira palco de um terremoto político. Mas Bariri — sim, aquela mesmo, conhecida pelo clima tranquilo e pelo café forte — está no centro de uma tempestade que deixaria até os mais experientes políticos de cabelo em pé.
Em apenas 40 dias, dois vereadores tiveram seus mandatos revirados pelo avesso. O primeiro, lá em junho, foi acusado de usar a máquina pública como se fosse sua lojinha de conveniência. O segundo, agora em julho, parece que não aprendeu a lição e caiu na mesma armadilha.
O que deu errado?
Parece até roteiro de novela das nove:
- O primeiro caso envolvia um esquema tão mal escondido que até meu avô, de óculos fundo de garrafa, teria notado
- Já o segundo — pasmem — tentou a mesma jogada, como se ninguém estivesse olhando
"É de cair o queixo", comentou uma moradora enquanto ajustava os óculos para ler a notícia no jornal local. "A gente até espera uns tropeços, mas dois em tão pouco tempo?"
E agora, José?
A Câmara Municipal, que já não era exatamente um mar de rosas, agora parece aqueles filmes de faroeste onde todo mundo fica de olho no revólver do outro. Os suplentes — esses sim, esfregando as mãos — já começaram a arrumar as gavetas.
E a população? Ah, a população está entre o desânimo e aquela sensação de "eu não disse?" que todo brasileiro conhece bem. Resta saber se essa limpa vai servir de exemplo ou se é só o primeiro ato de uma peça mais longa.
Uma coisa é certa: o café na praça central nunca foi tão fervente.