Líder do PT adverte: Votar anistia agora seria interferência descarada no STF
PT: Votar anistia agora é interferência no STF

O clima em Brasília está mais tenso que corda de violino em dia de apresentação. E não é para menos: o líder do PT na Câmara, Zeca Dirceu, soltou o verbo nesta quarta-feira com uma advertência que ecoou pelos corredores do Congresso.

"Pura interferência no Judiciário" — foi assim que ele definiu a possibilidade de votar o projeto de anistia já na próxima semana. A fala veio carregada daquela convicção típica de quem conhece os bastidores do poder há décadas.

Timing mais que suspeito

O que está em jogo aqui? Basicamente, o Supremo Tribunal Federal tem nas mãos um processo delicadíssimo que pode — ou não — beneficiar certos grupos políticos. E adivinhem só: coincidentemente, surge no Congresso uma proposta de anistia que mexeria exatamente com as mesmas pessoas.

Zeca não usou meias-palavras: "Seria uma tentativa grotesca de influenciar os ministros do STF". E olha, difícil discordar dele. Até um leigo em direito constitucional percebe o cheiro de oportunismo no ar.

O jogo de poder que ninguém comenta

Nos bastidores, a conversa é outra. Alguns deputados — que obviamente preferem não se identificar — admitem que a pressão é real. "É como chegar no juiz antes da sentença e oferecer um acordo por debaixo dos panos", confidenciou um deles, entre um gole de café e outro.

O problema é que isso cria um precedente perigosíssimo. Se o Legislativo começar a ditar ritmo ao Judiciário através de manobras temporais, nossa frágil democracia pode entrar em colapso. Não é exagero — é história se repetindo.

E o STF? Bem, os ministros mantêm aquele silêncio olímpico de sempre, mas fontes próximas à corte garantem que a insatisfação é geral. Ninguém gosta de sentir a faca no pescoço durante um julgamento.

O que esperar dos próximos capítulos

A bola agora está com o presidente da Câmara, Arthur Lira. Ele vai mesmo colocar essa votação em pauta? Se fizer, preparem-se para mais um capítulo dessa novela que já dura décadas.

O PT já deixou claro que vai travar o plenário se for necessário. "Não vamos permitir esse atropelo institucional", prometeu Zeca Dirceu, com aquela cara de poucos amigos que conhecemos bem.

Enquanto isso, Brasil segue assistindo a tudo isso como plateia de um teatro absurdo. Resta saber se teremos final feliz ou mais um ato dessa tragédia política que insiste em se repetir.