
Eis que a bola da vez está com a Procuradoria-Geral da República. Até esta segunda-feira, sem prorrogação nem delongas, os procuradores precisam dar seu veredito sobre a defesa apresentada por Jair Bolsonaro no caso das joias — aquele assunto que não sai dos holofotes.
Não é pouco o que está em jogo. A análise da PGR pode ser o empurrão que faltava para o STF decidir se aceita ou rejeita a denúncia contra o ex-presidente. E olha, o placar não está nada favorável para ele por enquanto.
O que diz a defesa?
Os advogados de Bolsonaro, claro, não pouparam argumentos. Eles sustentam que não houve, em nenhum momento, intenção de apropriação indevida das tais joias — presenteadas por governos estrangeiros durante seu mandato. A tese central é que os itens sempre foram tratados como patrimônio público, e qualquer alegação em contrário seria, nas palavras deles, "distorção dos fatos".
Mas será que o Ministério Público Federal compra essa versão? A resposta, como era de se esperar, é um sonoro não. Os procuradores já deixaram claro que enxergam indícios mais do que suficientes de que Bolsonaro agiu com a intenção de ficar com as joias — e sem declarar nada, como manda a lei.
E agora, o que esperar?
Se a PGR seguir o mesmo caminho do MPF — e tudo indica que vai —, a tendência é que o processo prossiga. O caso então seguiria para o plenário do Supremo, onde os onze ministros teriam a palavra final. E convenhamos, não é todo dia que um ex-presidente vai parar no banco dos réus.
O prazo é curto, a pressão é alta e os holofotes estão acesos. Esta segunda-feira promete — e como! — ser um daqueles dias que podem mudar o rumo de muita coisa. Fiquemos de olho.